Na escolha do curso superior - Fantoche
O ingresso à universidade é com certeza, uma das maiores aspirações dos jovens atualmente. Assim como era antigamente, no entanto especialmente hoje para a sociedade possuir um curso superior é básico. Contudo é inaceitável que àqueles que querem prestar um vestibular, desde cedo, estejam induzidos a escolher sua profissão, á partir de uma visão pré-determinada pela sociedade.
É comum que os pais desta geração queiram que seus filhos prestem um vestibular, estes por sua vez sabem do valor que seus pais dão a isso o que implica num tipo de submissão dependente. É o que por vezes pesa diretamente na hora da escolha do que fazer após o término do ensino médio.
O direito de escolha, num país democrático como o nosso é uma das características essenciais, no entanto não podemos negar que cada decisão tomada tem uma parcela de culpa do meio, isto é da família, da mídia, da comunidade, da cultura, da religião entre outros fatores. Por isso esse direito que nos é intrínseco é mera ilusão.
O habitual entre pais e filhos e também a tendência atual, com a liberdade dos jovens e adolescentes em alta, é que os pais apenas dêem sugestões indiretas introduzidas aleatoriamente em conversas informais, o que gera uma insegurança no jovem.
De uma forma simplista, aqueles que resistem as imposições indiretas sofrem um dilema na hora de decidir o que fazer: “Faço o que gosto, invisto no que gosto ou aceito às idéias de meus pais”, os que não resistem apenas fazem o que para eles é predeterminado, e por vezes sentem-se frustrados quando percebem que aquilo, não é o que devem fazer.
Essas idéias geralmente são os frutos de uma cultura massificadora, onde médico e advogado são as melhores opções, um fator remanescente do senso comum que não permite qualquer visão por outra perspectiva, deixando, inevitavelmente outras vias de interpretação que o jovem venha a ter à mercê da sociedade. E que ridiculamente põem em cheque o dom e o talento desses jovens que querem apenas aproveitar o que gostam e o que sabem fazer.
Os jovens, não são meros fantoches, apesar de parecerem. A personalidade apesar de comprometida pode ser restaurada, o jovem tem, é claro seu papel para que esse quadro se inverta, mas a correção tem de ser feita na fonte principal desses valores a família.