Querido politiqueiro
Nesta cara descarada
Que você me apresenta
Vejo muita falsidade
E também muita maldade
Contra a mim e aos que são meus.
Você só fala mentiras
Só anda com vagabundos
Só vive com marginais
O que é bom você desfaz
Seu pilantra, porco, imundo.
Você me pede um voto
Promete-me nova vida
Um trabalho e uma casa
E um prato de comida
Pra depois da eleição.
Então meu voto lhe dou
E a minha confiança
Depois morre a esperança
Fico num canto esquecido
Sem sonho, sem ilusão
Até a próxima eleição.
(08 de agosto de 1989).