Ética e auto-vivência
A experiência de vida é a coerência alcançada entre os princípios aprendidos e apreendidos nas vivências de cada existência. É o modo de viver ou conduzir seus atos no dia a dia, ou seja, no cotidiano do indivíduo. É viver de acordo com os ensinamentos tirados não só do convívio com outros, mas consigo mesmo, não resguardando ações e comportamento ideais apenas na esfera coletiva, onde se espera aceitação, mas em cada experiência, em cada atitude e em cada situação que nos faz presente.
É a responsabilidade de ser, levada a cada atitude, pensamento, ação ou omissão, onde a consciência chama à responsabilidade ou ao reconhecimento do erro, gerando modificação do comportamento, transformação permanente necessária à construção do caráter e à busca do autoconhecimento. Não é a arrogância de servir de modelo aos outros, pois ninguém consegue sê-lo; é um padrão de comportamento que se busca, flexível ao alcance de cada um, onde mais importante que o resultado é o esforço em alcançá-lo, pois não se aprende somente com os próprios erros, mas também com os erros alheios.
Do compromisso consigo e com os outros decorre a responsabilidade de ser ético e de viver de acordo com seus princípios, de acordo com o conhecimento alcançado pelo indivíduo, onde ele modifica seu comportamento, alterando não só o seu ser, como também o entorno, de alcance ilimitado. O auto-aprendizado vivenciado dá sustentabilidade ao Ser à geração de conhecimento e vivências coerentes com seus valores e ensinamentos que a vida oferece. É a permanente autoconstrução; é o reconfigurar-se, na adaptação do novo que se faz urgente para a transformação, o crescimento, a evolução.
É a experiência fundada na essência. É espírito livre e responsável, autônomo, sujeito de sua vida, aquele que se autodetermina, que alcançou a autodidaxia.