Felicidade, uma questão de ponto de vista.
O homem é um ser naturalmente conquistador. Ao analisarmos a história da humanidade, veremos que todos os principais acontecimentos, sejam eles bons ou ruins, sempre foram motivados pelo incessante desejo de conquistar algo que trouxesse satisfação e nos aproximasse da felicidade. Mas o que é ser feliz? Será que conseguimos mensurar valores a serem atingidos que nos tragam a felicidade plena?
Ser feliz é alcançar a autonomia e acabar com o feudalismo e o regime de servidão. Ser feliz é romper com a sociedade estamental e valorizar o homem de acordo com suas habilidades e não por sua hereditariedade. Ser feliz é encurtar os caminhos e aumentar os horizontes com o domínio da tecnologia. Ser feliz é encontrar a cura para uma peste que dizimou populações.
Muitas barreiras foram transpostas pelo homem, muitos males se foram e muitos outros surgiram. Tudo o que fazemos ou deixamos de fazer sempre foi em busca da felicidade. Se há um desejo comum a todos, esse é o de ser feliz.
Aristóteles conseguiu resumir nossas motivações quando muito sabiamente afirmou que tudo o que fazemos, no fundo, é para sermos mais felizes.
Se perguntarmos a um homem humilde que vive no campo, o que ele precisa para ser feliz, certamente ele dirá que é dinheiro para pagar um bom plano de saúde, custear a educação de seus filhos e dar uma vida confortável a sua família. Mas se fizermos a mesma indagação a um homem bem-sucedido da cidade, fatalmente ele dirá que gostaria de viver mais em contato com a natureza, ter mais tempo, espaço e segurança para alcançar um estilo de vida menos alucinante que o dos grandes centros urbanos.
Percebemos, na verdade, que a felicidade é algo muito subjetivo e intrínseco ao momento em que vivemos. No entanto, para sermos felizes é necessário que estejamos sempre conquistando, seja algo que ainda não temos, seja algo que perdemos. É por isso que devemos usar com cuidado um de nossos maiores atributos – a liberdade. Pois como disse o grande filósofo Jean Paul Sartre: “Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos”.