Brasil: deitado eternamente...
Que saudade de nossos heróis... Que saudade de acordar cedo aos domingos e vibrar com as vitórias de Ayrton Senna. Que vontade de ter vivido na era de Pelé. Nossos ídolos são tão raros que acabam se transformando em heróis. Como explicar um país com tamanho potencial e dimensões continentais ser um fracasso nos esportes? Será que este fracasso não tem as mesmas causas do gigante adormecido continuar em sono profundo?
Quando falamos de esporte no Brasil, só vem na lembrança o futebol e o voleibol. Como explicar isso? Será que só temos talento para estes esportes? A resposta é não! Porém a explicação não é tão simples, nem por isso menos óbvia.
O Brasil é um fracasso nos esportes assim como é como país. A história de covardia começa com a colonização portuguesa, quando fomos fortemente explorados sem apresentar maiores resistências. A situação piora muito quando lembramos do nosso processo de independência. Preferimos pagar para ser reconhecido como país autônomo que lutar bravamente. Independência que não passou de um acordo político para beneficiar a elite agrária e excluir a grande massa.
Fomos e somos treinados para desacreditar no futuro. Num país de mensalões, nepotismo, grampos ilegais, tráfico de influência..., como acreditar num futuro de vitórias sem incentivo e apoio de nossos “representantes”?
Se um brasileiro quiser ser um vencedor nos esportes, com raríssimas exceções, terá que treinar e seguir carreira no exterior, onde há estrutura, investimentos e incentivos. Isso explica o sucesso das seleções de voleibol e de futebol, onde quase nenhum atleta mora no Brasil.
Somos coagidos e desencorajados a acreditar no futuro, mas devemos romper com esse marasmo e iniciar a grande mudança dentro de nós mesmos, mudando nossas atitudes de modo a transmitir essa energia renovadora aos oprimidos, buscando sempre um amanhecer cada vez melhor e reprimindo fortemente a minoria que costumeiramente manipula o sistema para benefício próprio em detrimento dos verdadeiros heróis, o povo.