Homem sem pátria
Tiraram meu saber
Levaram meus bens
Mataram minha história
Assassinaram minha família
Mudaram minha língua
Devastaram minha geografia
Poluíram meus pulmões
Cegaram minha perspectiva
Truncaram meu destino
Cortaram meus laços e
Destruíram minhas raízes
Ensinaram-me a ser outro
Com gosto, língua, sonhos e medos...
Apagaram minha fogueira
Derrubaram minha floresta
E agora, o que me resta?
Ainda sou humano:
Não venderam minha alma ao diabo!
Ainda sonho!
Salvador, 17 de setembro de 2007, às 12:23 hs