Despalavr
rebuliço está.Vem em pacote bem pequeno e apertado, cor de veludo azul escuro assim como de minha sapatilha, frio bem frio até subir e se tornar uma intangência com cheiro de fogo e energia de.De quê?rebuliço é uma palavra engraçada, me conta dos reboliços,ah, aqueles sim,de movimento que eu nem sei de onde veio ou porque está,já foi, volta muito em breve talvez.me disse uma vez que era preciso se expressar sem instrumentos para tal.É como palavrear: dizer muito e incessantemente, a fim de tentar explicar a situação.ou não explicar nada.Muitas vezes não existe isso do que falar.mas ainda palavreio,des.Mais des, mundo invertido.
Faltam doze minutos é preciso ir.precisão maldita.o tempo tempo tempo tampa tanto tão pouco tão são tão só. Tampos também são engraçados,não preenchem, mas quase que sim.e todo mundo usa.tampos escurecem escondem um vazio.esconder, esse verbo ingrato:outros tempos, outros tampos.são sóis.
Rabisco desenfreadamente uma coisa qualquer no chão do quarto. acho que as coisas podiam ser assim, compreensíveis só para quem deseja ver, nada de compromisso com o conhecimento.ana quer sentimentos rompidos, alice retumba um objetivo, henrique paraleliza seu sonhos olha são como realidade talhada num fim de inverno ideal é! esse mesmo que agoniza quarenta graus e confunde rostos panelas modas talheres danças choros forças.e eu apenas aponto o lápis. faltam dois minutos para a precisão e as palavras já não podem ser mais desfeitas, inventadas, prostituídas.talvez nem seja mesmo o palavrear,mas seu inimigo igualmente explosivo,a expressão interior da superfície.o reboliço, a sapatilha, a epidemia, a crise, as crises, a fome o avesso o banal o cabal a morte a morte as grávidas o bom bom gosto a música que não acabou a letra vencedora tempos tampos grafites soluços risadas bebidas nadacomtudorelativodascausaseconsequênciastomecuidadocomavidaelapodepassarmuitorápidoe pá!
apoiada no chão de madeira, esboço ecos.