A História do Homem - Parte XCVIII (Martin Luther King Jr.1929-1968)
Ao lado de Mohandas Gandhi e Nelson Mandela, poucas foram as pessoas no século vinte que mais fizeram pela causa da mudança social pacífica do que Martin Luther King Jr., um pastor negro da Igreja Batista.
Ele nasceu em Atlanta, na Geórgia, em 15 de janeiro de 1929, freqüentou o Seminário Teológico de Crozer e obteve seu doutorado em filosofia na Universidade de Boston em 1955. Depois de sua ordenação, ele se tornou pastor na Igreja Batista da Avenida Exeter, em Montgomery, Alabama, em 1955, pouco tempo após uma mulher negra, chamada Rosa Parks, dar início a uma polêmica que tomou conta da cidade por se recusar a ceder seu assento num ônibus a um homem branco.
King ajudou a organizar um bem-sucedido boicote entre os motoristas negros que atraiu a atenção nacional e serviu para iniciar o Movimento pelos Direitos Civis Americano.
Apesar das garantias constitucionais de tratamento igual, sem restrição de raça, em 1950 alguns estados do sul ainda mantinham leis que ignoravam os direitos dos negros americanos.
Numa prática conhecida como segregação racial, algumas dependências públicas, desde fontes até assentos de ônibus, eram reservadas “somente para brancos”. O comércio privado, como restaurantes, por exemplo, tinha o direito de excluir os negros de seus estabelecimentos. Até as escolas públicas permaneciam segregadas até 1964. O Movimento pelos Direitos Civis num esforço para eliminar a segregação racial buscou assegurar os direitos civis dos negros de se integrarem na sociedade e garantir que eles pudessem exercitar seus direitos políticos, como o de votar, por exemplo.
Depois do boicote nos ônibus de Montgomery, Luther King surgiu como o principal líder do Movimento pelos Direitos Civis.
E nos nove anos que se seguiram, o movimento ganhou força e apoio nacional, especialmente depois de John F. Kennedy tornar-se Presidente em 1961.
Após vários protestos pacíficos, uma reviravolta ocorreu no movimento durante uma grande passeata pelos direitos civis ocorrida em Washington, durante o verão de 1963, que culminou com o imortal discurso “Eu tenho um Sonho”, de Luther King. Naquele mesmo ano ele havia ganhado o Premio Nobel da Paz por seu trabalho em promover os direitos civis dos negros americanos.
Como líder do Conselho de Liderança dos Cristãos Sulinos, King não economizou energia em trazer os negros para a vida americana e de melhorar as condições de vida para os pobres e para os americanos desfavorecidos de todas as raças
Ele estava organizando outra grande passeata em Washington, quando foi assassinado num motel em Memphis, no Tennesse, por James Earl Ray, em 4 de abril de 1968.
Em 1983, sua data de aniversário (15 de janeiro) foi transformada em feriado nacional.
*Texto retirado do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo** Editorial Prestígio – Bill Yenne
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A condição de votar torna o cidadão parte do mundo onde vive.
Ele deve preservar este direito a todo o custo.
Podemos até votar em pessoas erradas em certas eleições, mas corrigiremos na próxima eleição.
Olhamos as economias mundiais abastadas e vemos que elas também têm seus defeitos, difíceis de serem eliminados.
A discriminação é sem dúvida um mal a ser erradicado tanto lá como cá. E tem os movimentos que tentam buscar no passado fontes para reanimarem estes preconceitos.
É preciso preparar as novas gerações para viverem num mundo igualitário onde a concorrência será maior, os direitos iguais e os deveres também.
E que o Sonho de Martin Luther King Jr seja o mesmo Sonho de todos nós.