Projeto “Valdeck Almeida de Jesus de Poesia” chega ao fim...
Amigos e amigas poetas,
Tenho bancado o projeto de publicação de poesias desde 2005, sem qualquer apoio financeiro. Não me queixo da falta de patrocínio, pois sabia, desde o início, que poesia não teria ajuda nem de editoras nem de ninguém. Além do mais, o meu sonho não era ganhar dinheiro através de leis de incentivo ou outro tipo de adesão. Dinheiro público sempre é problema, tem muita burocracia e influências políticas envolvidos. Eu sempre quis fugir desse emaranhado de leis, regulamentos, regras, editais etc... Também não sou nenhum expert em administração, execução e prestação de contas, ainda mais em se tratando de meandros legais, recolhimentos de taxas e impostos etc. Por tantos motivos, preferi tocar o projeto com meus próprios esforços e investimentos.
Sou funcionário público, independente, e faço do meu salário um investimento naquilo que acredito ser fundamental: cultura e literatura. Acreditar em poesia é para loucos e insanos como eu e tantos outros ‘malucos beleza’ desse país e do mundo.
No início, pretendi distribuir livros gratuitamente a todos os participantes, enviar exemplares a bibliotecas, disponibilizar livros a críticos de arte, jornalistas etc. No primeiro ano, praticamente agarrei pelo braço alguns poetas para participar do livro. No segundo ano, tomei um susto, pois a procura foi tanta que tive que tirar uns trocados da poupança para investir no projeto. No terceiro ano eu quase tenho um infarto de alegria: publiquei 182 poetas do mundo inteiro e mandei um exemplar gratuito para cada um deles.
Ano passado, 2008, o negócio começou a apertar. Eu faço faculdade particular à noite, tenho um filho para sustentar, dou apoio a alguns irmãos de vez em quando, tenho outros gastos também. A grana não espichou e pensei em desistir do projeto literário. Para não abandonar por completo, mudei o regulamento para tirar a obrigatoriedade de entregar a cada poeta um livro gratuito.
Além dos investimentos em divulgação, correção ortográfica e gramatical, editoração etc, há os custos de lançamento, pois eu viajo para as Bienais do Livro por conta própria, me hospedando, usando transporte aéreo e terrestre, fazendo refeições etc...
Cada participante toma conhecimento do inteiro teor do regulamento no momento da inscrição e se obriga a cumpri-lo integralmente.
Acontece que tenho recebido críticas de algumas pessoas, me acusando de querer me aproveitar de todo mundo e ganhar dinheiro à custa dos outros. O projeto não tem intenção de ser rentável. Por exemplo, a publicação desse ano me custou quase dois mil reais, com direito a apenas 25 exemplares publicados, dos quais DEZ serão entregues aos primeiros colocados na seleção de poesias. Não há contrato para reimpressão dos livros e a cada ano a edição anterior sai de circulação, a menos que algum ou alguns dos participantes queiram contratar, diretamente com a editora, a impressão de exemplares extras.
Por estes e vários outros motivos, penso seriamente em parar de bancar este investimento, ou diminuir drasticamente a quantidade de participantes. Em 2008 foram 182 poetas publicados, agora em 2009 serão 242. Se eu continuar, em 2010 serão apenas CINCOENTA selecionados. Uma pena, pois recebo milhares de inscrições anualmente...
Amigos e amigas poetas,
Tenho bancado o projeto de publicação de poesias desde 2005, sem qualquer apoio financeiro. Não me queixo da falta de patrocínio, pois sabia, desde o início, que poesia não teria ajuda nem de editoras nem de ninguém. Além do mais, o meu sonho não era ganhar dinheiro através de leis de incentivo ou outro tipo de adesão. Dinheiro público sempre é problema, tem muita burocracia e influências políticas envolvidos. Eu sempre quis fugir desse emaranhado de leis, regulamentos, regras, editais etc... Também não sou nenhum expert em administração, execução e prestação de contas, ainda mais em se tratando de meandros legais, recolhimentos de taxas e impostos etc. Por tantos motivos, preferi tocar o projeto com meus próprios esforços e investimentos.
Sou funcionário público, independente, e faço do meu salário um investimento naquilo que acredito ser fundamental: cultura e literatura. Acreditar em poesia é para loucos e insanos como eu e tantos outros ‘malucos beleza’ desse país e do mundo.
No início, pretendi distribuir livros gratuitamente a todos os participantes, enviar exemplares a bibliotecas, disponibilizar livros a críticos de arte, jornalistas etc. No primeiro ano, praticamente agarrei pelo braço alguns poetas para participar do livro. No segundo ano, tomei um susto, pois a procura foi tanta que tive que tirar uns trocados da poupança para investir no projeto. No terceiro ano eu quase tenho um infarto de alegria: publiquei 182 poetas do mundo inteiro e mandei um exemplar gratuito para cada um deles.
Ano passado, 2008, o negócio começou a apertar. Eu faço faculdade particular à noite, tenho um filho para sustentar, dou apoio a alguns irmãos de vez em quando, tenho outros gastos também. A grana não espichou e pensei em desistir do projeto literário. Para não abandonar por completo, mudei o regulamento para tirar a obrigatoriedade de entregar a cada poeta um livro gratuito.
Além dos investimentos em divulgação, correção ortográfica e gramatical, editoração etc, há os custos de lançamento, pois eu viajo para as Bienais do Livro por conta própria, me hospedando, usando transporte aéreo e terrestre, fazendo refeições etc...
Cada participante toma conhecimento do inteiro teor do regulamento no momento da inscrição e se obriga a cumpri-lo integralmente.
Acontece que tenho recebido críticas de algumas pessoas, me acusando de querer me aproveitar de todo mundo e ganhar dinheiro à custa dos outros. O projeto não tem intenção de ser rentável. Por exemplo, a publicação desse ano me custou quase dois mil reais, com direito a apenas 25 exemplares publicados, dos quais DEZ serão entregues aos primeiros colocados na seleção de poesias. Não há contrato para reimpressão dos livros e a cada ano a edição anterior sai de circulação, a menos que algum ou alguns dos participantes queiram contratar, diretamente com a editora, a impressão de exemplares extras.
Por estes e vários outros motivos, penso seriamente em parar de bancar este investimento, ou diminuir drasticamente a quantidade de participantes. Em 2008 foram 182 poetas publicados, agora em 2009 serão 242. Se eu continuar, em 2010 serão apenas CINCOENTA selecionados. Uma pena, pois recebo milhares de inscrições anualmente...