A História do Homem - Parte XCII (Charles De Gaulle 1890-1970)
O nome mais importante da vida política francesa desde Napoleão Bonaparte, Charles Andre Marie Joseph de Gaulle nasceu em Lille, no norte da França, no dia 22 de novembro de 1890, e ingressou na academia militar francesa em St. Cyr em 1910.
Ele se formou poucas semanas antes do início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), durante a qual serviu em combate como tenente do exercito Frances. Depois da guerra, ele atuou na ocupação militar da Alemanha e nas colônias ultramarinas francesas, antes de retornar à França para aceitar uma nomeação para o Conselho Supremo de Guerra e para o Conselho da Defesa Nacional.
Na década de 1930, a estratégia defensiva da França – ou seja, proteger-se da vizinha Alemanha, seu inimigo tradicional baseava-se na concepção de um perímetro defensivo fixo, altamente fortificado, conhecido como Linha Maginot.
De Gaulle começou a irritar seus superiores militares quando passou a criticar a Linha Maginot e a idéia de uma defesa fixa. Em vez disso, ele propunha uma força móvel de tanque de veículos armados, semelhantes aos que os alemães estavam desenvolvendo.
Depois do início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em 1º de setembro de 1939, os alemães não fizeram nenhuma tentativa imediata de atacar a Linha Maginot.
Mas, em maio de 1940, forças alemãs investiram contra a França, seguindo para o norte da Linha Maginot. Coube a De Gaulle liderar várias ações de sucesso com os poucos tanques que possuía. De forma geral, no entanto, os franceses não estavam bem preparados para enfrentar os alemães e, em 14 de junho, os invasores capturaram Paris e derrotaram a França.
De Gaulle fugiu para a Inglaterra, de onde enviava várias mensagens ao povo Frances para continuar a resistência. O governo de Vichy da França, instaurado sob os auspícios das tropas de ocupação alemãs, condenaram De Gaulle, mas, com o apoio dos ingleses (e posteriormente dos americanos), ele conseguiu reunir seu Exército Livre Frances.
Em 6 de junho de 1944, quando os Aliados desembarcaram na Normandia para libertar primeiro a França e depois a Europa, De Gaulle e seu exercito estavam presentes. E ele os liderou vitoriosamente na libertação de Paris dez semanas depois.
De Gaulle, então, formou um governo provisório Frances, em que ele mesmo ocupou o cargo de Presidente. Pouco tempo depois, em 1946, ele se aposentou.
Em 1958, quando a Guerra na colônia francesa da Argélia ameaçava desencadear um conflito dentro da própria França, De Gaulle decidiu deixar a aposentadoria de lado e se elegeu Presidente por uma esmagadora maioria de votos. Ele resolveu o problema argelino, dando-lhes a independência e então se preocupou em reconstruir a vida econômica e política francesa. Sob sua Quarta República, a França voltou a ocupar seu lugar de destaque como uma das principais forças políticas da Europa e, claro, do mundo.
Em 1968, no entanto, uma revolta que uniu estudantes e trabalhadores enfraqueceu a confiança do povo Frances no governo de De Gaulle e em 28 de abril de 1969 ele renunciou, passando a Quarta República para Georges Pompidou (1911-1974).
De Gaulle morreu em Colombey lês Deux Églises em 9 de novembro de 1970.
*Texto retirado do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo* Editorial Prestígio – Bill Yenne
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As Guerras nos ensinam.
Se nada aprendemos com elas, nada valemos mesmo.
Porém não parecem simples projeções imaginarmos que novas guerras ocorrerão no futuro, talvez nem tão distante assim.
Temos a percepção que existe um organismo mais forte, a ONU.
Porém quando algum pai desenvolvido se envolve em guerra ela se pronuncia,
sem força alguma.
Difícil imaginar que movimentos de paz, sem violência podem mudar estruturas pensantes como ditadores ou presidentes democráticos insanes.
É neste momento que uma força militar mundial poderia por algumas décadas evitar muitas guerras, talvez. Seria uma resposta mais rápida contra movimentos inescrupulosos que apenas obtém o poder por alguns anos mediante a morte de milhares de pessoas inocentes.
Poderia agir firmemente, mas sem tirar a autonomia destes países. Apenas fazerem os movimentos políticos retornarem às conversações com diálogo e objetivando sempre a paz e a liberdade de expressão.