A História do Homem - Parte LXXXVIII (Pablo Picasso 1881-1973)
Muitos o consideram o maior artista do século vinte.
Pablo Picasso foi um homem com um talento incomum e, além disso, sua capacidade de se promover o converteu numa lenda do mundo artístico e também num homem muito rico.
A seu favor também teve o fato de que, segundo o que se acreditava em meados do século vinte, as artes plásticas só tinham valor se, de fato, fossem consideradas como arte por um seleto time de críticos entendidos no assunto.
Picasso nasceu no dia 25 de outubro de 1881, em Málaga, na Espanha, filho de um professor de arte. Pablo cursou Belas Artes em Barcelona em 1895 e fez experiências com vários estilos artísticos correntes na virada do século.
Enquanto vivia em Paris, foi influenciado por Paul Cézanne (1839-1906), no que ficou conhecido como sua Fase Azul (1901—1904).
Depois, Picasso entrou na chamada Fase Rosa, durante a qual pintou palhaços e artistas de circo com um estilo leve e decorativo..
A partir de 1907, Picasso e Georges Braque (1882-1963) despontaram com um estilo simplista e tosco, baseado na arte primitiva, que consistia na representação de objetos tridimensionais em planos exageradamente achatados.
Esse estilo ganhou o nome de cubismo. Picasso também experimentou a colagem, técnica muito apreciada pelas crianças, mas que, para ele, significava colar objetos de verdade, como roupas e papeis impressos, na superfície de suas pinturas.
Embora o pintor espanhol nunca tenha abandonado o cubismo, durante a década de 20 ele também incorporou em sue trabalho alguns elementos do onírico relativo as sonhos) e o então badalado estio surrealista.
Uma das obras mais importantes de Picasso é um gigantesco mural chamado Guernica. Ele mede 3,50m x 7,80m, foi feito em 1937 e é uma emocionante homenagem as pessoas mortas num ataque a cidade do mesmo nome durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).
Picasso viveu em Paris entre a virada do século dezenove até o final da Segunda Guerra Mundial.No final da década de 40, ele se mudou para o sul da França, onde residiu pelo resto da vida.
Nessa época, o pintor dedicou a maior parte do tempo não para explorar novos estilos artísticos, mas sim pra capitalizar sobre seu próprio sucesso, criando varias edições de suas próprias telas. Sua intuição revelou-se perfeita, pois nos anos 50 era forte a tendência de encarar artistas plásticos ainda vivos como valiosas mercadorias a serem comercializadas.
As pinturas dos antigos mestres sempre foram valorizadas. Mas o mundo dos negociantes de arte, que durante a Segunda Guerra Mundial havia se estabelecido na cidade de Nova York, percebeu o imenso valor de promover e lucrar sobre artistas que ainda viviam para assinar suas obras. As pinturas ofereciam um meio de maximizar o numero de obras assinadas, e Picasso foi um pioneiro nesse campo.
Picasso morreu na França no dia 8 de abril de 1973, e explorou sua fama e seu nome como nenhum outro artista havia feito até então
*Texto retirado integralmente do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo* Editorial Prestígio – Bill Yenne
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Nós percebemos que no decorrer dos séculos o Homem foi criando cada vez mais obras vinculadas ao culto de sua própria existência, transferindo para as telas, esculturas, sua visão de conformismo ou inconformismo com a mesma.
Homens como Pablo Picasso fizeram o Homem visualizar o seu mundo através das formas da arte, mas também se promoveu através da comercialização e divulgação de suas obras.
A arte sem visualização não é arte. Ela tem que ter um observador. E todos nós somos críticos, mesmo amadores, do Belo.
E o Belo nem sempre é o completo, muita beleza da obra esta em sua forma inacabada.
Que as obras de arte sejam cada vez mais descobertas e valorizadas no seu próprio tempo e com isto dêem ao seu criador o prêmios por seu talento num tempo ainda presente.