Um grande Amigo
Olá meu grande amigo Falcão! Tenho tantas saudades tuas... Ainda me lembro quando te conheci, em plena noite de Natal de 96, quando me encontrava a dormir. Tu apareceste de súbito no meu sonho. Talvez tenha sido uma prenda de Natal, uma boa prenda de Natal. Desde então, apareceste sempre nos meus sonhos até ao dia em que me abandonaste. Há cinco anos atrás.
Eu estava lá, todos os dias, no mesmo sítio do meu sonho, esperando por ti. Embora sentisse, que nunca mais voltarias. Então pensei:
- “Será que me abandonaste?”
Não. Na verdade eu é que te abandonei. Encontrava-me na passagem de criança para adolescente e, comecei a ter noção da realidade, falsa realidade. Pensei que para ser um “Homem” seria necessário esquecer, abandonar e, até mesmo deitar fora todas as coisas de criança. Foi um tremendo erro tentar esquecer-te. Pois agora, quando estou triste, ou até mesmo revoltado com a vida e com o mundo, não tenho saída senão ficar calado e acumular todos os meus problemas. Neste momento não tenho ninguém com quem conversar ou desabafar, não te tenho a ti, sinto-me só...
Dizem que ao longo da nossa vida vamos perdendo pessoas importantes, pessoas que em tempos atrás foram as nossas melhores amigas. Mas a vida é mesmo assim, perdemos alguém e a seguir encontramos outro alguém, sofremos e depois ficamos felizes. A vida é mesmo assim... Eu perdi-te e isso eu não vou poder recuperar, mas vou tentar não cair no mesmo erro, para não perder mais amigos especiais como tu.
“Tenho tantas saudades tuas, meu amigo...”