Dizes me a tua profissão que eu direi quem tu és
Sabemos que a profissão muitas vezes diz bastante do perfil pessoal do indivíduo. Um cirurgião, por exemplo, não pode ter medo de sangue, um engenheiro tem que gostar de especular estruturas e mecanismos, um advogado precisa lidar bem com a retórica, enfim, toda profissão exige uma ligação de uma característica pessoal do indivíduo com a função que ele vai exercer, ou seja, é necessário que o indivíduo perceba a sua capacidade maior para então usar desse artifício o focando em uma profissão.
Muitos de nós já sabemos nossas habilidades específicas, mas para quem não sabe há uma maneira de descobrir, existe testes vocacionais onde é possível observar a sua tendência, ou inclinação para executar melhor uma função ou tarefa, ou seja, a sua propensão para uma determinada profissão, sucintamente um teste vocacional indica o seu suposto talento, para quem está em dúvida em que carreira profissional seguir vale a pena experimentar o teste.
Mas o que quero dizer mesmo, com toda essa argumentação acerca de ligações entre habilidades pessoais e profissões é que temos que escolher a nossa carreira profissional a partir daquilo que temos apreço, afinidade, vontade e habilidade, mas não é bem o que tem ocorrido hoje em dia, comumente as pessoas (não querendo generalizar, que me perdoem as exceções) fizeram um trio profissional de escolha para atuação, medicina-direito-engenharia, visando assim os caminhos, de carreiras profissionais, mais conhecidos para algum prestígio social e financeiro sem levar em consideração as suas afinidades, o seu gostar ou desgostar de executar uma tarefa, enfim, estamos perdendo profissionais espontâneos, dotados de talentos, que poderiam ocorrer nas áreas de biologia, oceanografia, psicologia, veterinária, sociologia, para ganharmos profissionais automáticos que estudam e executam funções quase que sem interesse, ou mesmo prazer, tudo isso porque as pessoas almejam satisfação financeira em primeiro lugar, sem saber que quando fazemos algo que gostamos geralmente o fazemos bem feito, e fazendo um bom trabalho temos o reconhecimento financeiro e o prestígio social devido.
Por isso, dou um conselho de quem já foi vestibulanda aos que estão prestes a fazer as provas seletivas para ingressar no curso desejado, o meu conselho é que levem em consideração principalmente a sua vocação, não a ambição financeira pois se a profissão diz muito sobre o que um ser humano é, e eu acredito piamente que diga, então um mau profissional não deve ser um ser humano bem satisfeito.