A História do Homem - Parte LXXXIII (Winston Churchill 1874-1965)
Como Primeiro-Ministro da Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Winston Leonard Spencer Churchill personificou a determinação do povo britânico em resistir à agressão germânica.
Nascido em 30 de Novembro de 1874 no Palácio de Blenheim, nas redondezas de Woodstock, Churchill era filho de um descendente direto do Duque de Marlborough e de uma amercianda chamada Jennie Jerome.
Quando menino, ele adorava história, estudou em Harrow e no Colégio Militar Real em Sandhurst.
Churchill serviu no exército britânico por seis anos e se destacou em 1899, durante a Guerra dos Bôeres (1899-1902), na África do Sul.
Eleito para o Parlamento em 1900, Winston Churchill posteriormente atuou no gabinete como primeiro Lorde do Almirantado, em 1911, quando desempenhou um papel importante no plano de modernização da frota britânica, um dos fatores vitais para o sucesso naval da Inglaterra na Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Durante a guerra, por algum tempo, ele chegou a vestir o uniforme e depois ocupou o cargo de Ministro dos Armamentos sob o Primeiro-Ministro David Lloyd George (1863-1945).
Quando o governo de George foi derrotado, em 1922. Churchill saiu do Gabinete, retornando apenas em 1924 como Ministro da Fazenda. Enquanto esteve fora do governo nos ano 30, Churchill insistira que a Inglaterra deveria se preparar para a Guerra contra a Alemanha nazista.
Quando Adolf Hitler desencadeou a Segunda Guerra Mundial com a invasão da Polônia em 1º de Setembro de 1939, Inglaterra e França lhe declararam Guerra, e o Primeiro-Ministro inglês Neville Chamberlain (1869-1940) restituiu a Churchill seu antigo posto no Almirantado. Em maio de 1940, depois de uma sucessão de vitórias alemãs e fracassos dos aliados, Chamberlain renunciou, e Churchill assumiu seu lugar como Primeiro-Ministro.
A França se rendeu em 22 de Junho, deixando a Inglaterra sozinha para enfrentar o massacre da Blitzkrieg (guerra-relâmpago) alemã. Enquanto as forças alemãs se preparavam para invadir a Inglaterra cruzando o Canal da Mancha, o povo inglês concordava com Churchill, depois de ele ter dito que “não tinha nada a oferecer a não ser sangue, esforço, suor e lágrimas”.
Ele desafiou Hitler as avisá-lo que as tropas alemãs encontrariam uma ferrenha oposição nas praias, nas ruas e em cada cidade da Inglaterra. De fato, os pilotos da Força Aérea Britânica (RAF) que enfrentaram os alemães conseguiram destruir doze bombardeiros para cada um que perderam. A essa reação, Churchill chamou de “o melhor momento” da RAF.
Na verdade, era o melhor momento de Churchill. Pois ele havia desafiado Hitler abertamente, e Hitler vacilou, pois a Alemanha teve de abandonar a planejada invasão da Inglaterra. Embora as forças de Hitler só fossem derrotadas cinco anos depois, a Inglaterra havia sobrevivido, em grande parte, graças ao fato de o povo ter um líder firme para inspirá-lo.
Churchill encontrou-se com o Presidente americano Franklin Delano Roosevelt diversas vezes, tanto antes como depois de os Estados Unidos entrarem na Guerra em 1941, formando o que Churchill chamou de Grande Aliança, que, no final, foi vitoriosa.
Em 1945, o Partido Conservador de Churchill deixou o governo, mas ele retornou como Primeiro-Ministro em 1951, ficando no cargo até 1955. Pouco depois de ter sido feito Cavalheiro em 1953, ele sofreu uma hemorragia cerebral que o prejudicou para o resto de sua vida. Winston Churchill morreu em 24 de Janeiro de 1965, deixando sua marca na história, além de vários livros importantes. Sua História dos Países de Língua Inglesa (publicado em 1958), em quatro volumes, e A Segunda Guerra Mundial (de 1954), em seis, são considerados clássicos.
Texto retirado do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo* Editorial Prestígio – Bill Yenne
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Período de Guerra. De mortes. De sangue.
Percebi uma coincidência de data. No ano em que Churchill foi eleito para o Parlamento, nascia em Joinville (SC) meu querido avo José Dunzer.
Meus avós (de origem alemã) viveram sempre no Brasil e acompanharam toda a Guerra numa época em que o rádio era o maior meio de comunicação.
Imagine você viver em sítios isolados, vivendo somente das plantações nas roças e a noite entre um chiado e outro ouvir apreensivo as novidades da Guerra.
As idas para a cidade eram esporádicas. Criou-se certa animosidade entre as pessoas de origem de outras raças e as alemãs.
A língua alemã foi proibida. Na época se costumava falar muito em alemão. Quando fui criado meus pais não me ensinaram a língua de meus bisavos por medo.
Morávamos em bairro próximo da cidade e havia muita discriminação.
Foi um período difícil para todos nós, apesar de sermos todos brasileiros.
A Guerra não nos acrescenta nada. Nela não existe o respeito à dignidade humana.
Churchill pode ser considerado um mentor intelectual da resistência não somente da Inglaterra mas de todos os países que acabaram mais tarde derrotando a Alemanha.
Hoje nossas Guerras mudaram de nome. Temos as Guerras Urbanas.
E fica uma pergunta. Se em tempo de Guerra Mundial se encontrou solução, por que não se encontra hoje nas Guerras Urbanas? Haverá interesse econômico, político nestas guerrilhas?