A História do Homem - Parte LXXII (Júlio Verne 1828-1905)

O autor Francês Júlio Verne foi um gênio visionário responsável pela criação do gênero literário conhecido como ficção científica.

Ele escreveu sobre desenvolvimentos científicos e aventuras humanas muito além do que a imaginação de sua época poderia supor. Estradas de ferro e locomotivas a vapor ainda não era uma realidade quando ele nasceu. Isso, no entanto, não impediu que ele escrevesse relatos detalhados sobre viagens de longa distância pelo ar, de submarinos oceânicos e de como um dia os homens iriam voar até a Lua.

Com o tempo, a tecnologia necessária para chegar a esses avanços acabou surgindo, mas, durante a vida de Verne, isso não passava de possibilidades fantásticas. Filho de um advogado de Nantes, Júlio Verne cresceu sonhando em viajar pelo mundo. Embora tenha sido enviado à Paris para estudar Direito, ele preferiu escrever historias de ficção para revistas.

Seu primeiro livro, Cinco Semanas num Balão, publicado em 1863, foi um Best-seller. E o sucesso continuou em 1864 com Viagem ao Centro da Terra e Vinte Mil Léguas Submarinas (1870), em que um dos principais personagens é o lendário arqui-vilão Capitão Nemo, comandante do enorme submarino Nautilus. Em 1865, ele publicou a primeira parte de Da Terra à Lua. A segunda apareceu em capítulos no final da década de 1860. E, como livro, só em 1870.

Seguindo o crescente interesse do público do século dezenove pela ciência e por invenções, os livros de Verne tornaram-se imensamente populares. Não eram apenas aventuras bem escritas, eles também transportavam os leitores para locais onde eles jamais haviam estado antes. Verne não situou a ação de seus livros somente em lugares inexplorados, como o espaço, o fundo dos oceanos ou as profundezas da Terra.

Em outras obras, como Os Filhos do Capitão Grant (1868), ele levou seus leitores para a America do Sul e Austrália, terras que, para a maioria dos europeus, eram tão remotas, exóticas e desconhecias quanto a Lua..

Os leitores também adoravam os livros de Verne porque tinham enredos emocionantes e agitados. No clássico A Volta ao Mundo em Oitenta Dias (1873), por exemplo, o envolvente herói Phineas Fogg está sempre em movimento, nunca parando por mais de dois dias num mesmo lugar, já que estava participando da corrida de sua vida.

Entre 1878 e 1880, ele publicou quatro romances e uma história de exploração em três volumes, chamada A Descoberta da Terra. Em seus últimos anos, ele deu asas à sua crescente paixão pelas invenções com o Recortador de Nuvens (1886), no qual ele imaginou frotas de aeronaves pantagruélicas povoando o céu - idéias que não somente antecipou a era do Hindenburg e de outros aeroplanos da década de 1930, mas também os jumbos a jato que surgiram na década de 1970.

Para dar à sua ficção científica uma base mais real, Verne estudou ciências e geografia e sempre buscou trabalhar com idéias claras e simples. Assim, , mesmo os leitores jovens poderiam apreciar seus livros., “de forma a não permitir que saia uma única linha de minha pena que não possa ser lida pelos jovens, que eu amo e para quem escrevo”.

*Texto retirado do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo* Editorial Prestígio – Bill Yenne

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Gênio visionário. Talvez seja isto que esteja faltando em nossos dias.

Tantas descobertas já ocorreram que o Homem procura agora só visionar catástrofes para o futuro.

É como se já tivéssemos vivido tudo o que do bom poderia existir na face da Terra.

A sabedoria do Homem é tamanha que ele não sabe nem por que veio e nem para onde vai.

A realidade que vivemos nem sempre é a que nos toca.

Vivemos num só mundo diversos mundos. O dos outros, o nosso em relação ao outro e o nosso em relação a nós mesmos.

E ainda temos os mistérios da alma.

Talvez seja por aí os novos visionários. Sem mais nada para descobrir nos ares das cidades, iremos colocar a nossa imaginação no espaço vazio de nossa alma e criar novos personagens para enfrentar um mundo indiferente que criamos.

Para transformar muitos dos sonhos (imaginação) de Júlio Verne em realidade percorremos longa caminhada.

Hoje criamos um sonho na madrugada e na manhã seguinte o queremos realizado.

Podemos criar sonhos que nunca realizaremos, mas para quem nós deixarmos um brilho no olhar, este sim poderá vê-lo realizado.

Robertson
Enviado por Robertson em 04/06/2009
Reeditado em 05/07/2009
Código do texto: T1632378