Confissões a sete chaves

Um fato notório que vem sendo discutido na mídia e na sociedade é a questão da pedofilia, cometida por padres. O caso mais famoso foi o do padre Mark Haight, de Albany, que estuprou um menino, diariamente, durante seis anos. Seguem-se os casos do padre James Porter, que molestou 28 crianças e foi condenado em 1993 a 28 anos de prisão, do padre Paul Shanley, que molestou uma menina durante três anos e foi condenado a doze anos de cadeia, do padre John Geoghan, molestador de mais de cem crianças, foi condenado a dez anos de prisão e do padre Rudolph Kos, que molestou onze crianças e a sua diocese pagou indenizações no valor de trinta milhões de dólares às vítimas. A pergunta é: "Estaria o celibato influenciando na ocorrência da pedofilia ou isto é uma ação de pessoas com transtornos psíquicos e sem liberdade sexual?".

Pesquisas e estatísticas revelam que a maior parte dos abusos sexuais ocorre dentro do prórpio lar. Na maioria das vezes, cometidos por pais e parentes. Não raro, casos assim acontecem no âmbito religioso. A causa desse comportamento está na personalidade dos que cometem tal ato. Induzidos pela "tentação e pelo pecado da carne", o homem acaba falhando em sua resistência e aproveitando-se sexualmente de suas vítimas, geralmente crianças e adolescentes.

A igreja e a própria sociedade condenam este tipo de conduta. è inaceitável que se viole a integridade física, emocional e moral de quem quer que seja. principalmente em se tratando da infância de nossa crianças e do amadurecimento de nossa adolescência. Não só padres, mas outros pedófilos de diferentes posições no meio social promovem a esploração e abusos sexuais, sendo facilmente encontrados em páginas e sites da internet.

Este problema tem ligação com a liberdade sexual do cometedor. Padres "gays" e pedófilos não são aceitos por causa de sua opção sexual e relacionamento afetivo. Refugiam-se atrás de batinas, onde podem satisfazer seus desejos carnais às escondidas. Todavia, o "segredo" é descoberto e vem à tona, ficando conhecido publicamente, arrastando consigo processos judiciais, prisões e constrangimentos.

Para tanto, a pedofilia é um caso de vergonha moral, uma falta de mentalidade coerente com o papel de respeito do cidadão. A pedofilia não é considerada um crime pela legislação de inúmeros países, mas, com certeza, é um crime ediondo que contamina ocultamente a sociedade, que se esconde em cofessionários de igrejas, camuflado por batinas escuras e guardado a setes chaves. Um mal secreto.

Saulo Sozza
Enviado por Saulo Sozza em 31/05/2009
Reeditado em 01/06/2009
Código do texto: T1625542
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