A História do Homem - Parte LXII (Napoleão Bonaparte - 1769-1821)

O maior líder da história da França, Napoleão Bonaparte nasceu de uma linhagem italiana em Ajaccio, Córsega, em 15 de Agosto de 1769.

Educado em escolas militares em Brienne e em Paris, na França, Napoleão ingressou no exército francês em 1785, pouco antes da Revolução Francesa. (1789-1799) e testemunhou a queda da monarquia francesa em 1792.

Ele participou da derrota dos ingleses em Toulon em 1793 e recebeu o comando da artilharia francesa quando da invasão da Itália em 1794.

Após obter uma sucessão de vitórias brilhantes contra os austríacos na Itália, Napoleão, então General, comandou a invasão do Egisto em 1798, tomou o Cairo e, em seguida, Jerusalém. Essas séries de vitórias inspiraram os franceses, e Napoleão voltou à França como herói nacional.

Fazia uma década que a França se via sem um grande líder. O fraco e incompetente Diretório que governava a França estava à beira do colapso e, em 1799, foi substituído por um Consulado, com Napoleão ocupando o posto de primeiro-cônsul.

Devido a sua imensa popularidade, o povo francês que havia deposto os Reis Bourbon em 1792- permitiu que, em 18 de maio de 1804, ele fosse coroado Imperador dos franceses na Catedral de Notre Dame, em Paris, e convidasse o Papa para fazer as honras. Mas, quando chegou o momento mais importante da cerimônia, ele tomou a coroa das mãos do Papa e ele mesmo a pôs sobre a sua cabeça.

O sonho de Napoleão de um grande império francês começava a ganhar força. Ele já controlava a França, os Países Baixos e a Itália, mas sofria oposição por parte da Áustria, da Inglaterra, da Rússia e da Prússia. Ele planejou, então, uma invasão da Inglaterra, que foi obrigado a suspender, mas venceu os russos e os austríacos em Austerlitz em dezembro de 185. Prosseguiu derrotando os prussianos em Jena em 1806 e os austríacos em Friedland em 1807. Nessa época, Napoleão havia atingido seu objetivo de controlar efetivamente uma área da Europa maior até do que o império de Carlos Magno. Ele dominava a França, a Polônia, a Itália e todos os países intermediários, inclusive a Áustria e todos os estados alemães do antigo Sacro Império Romano.

Em 1810, quando os russos se recusaram a unir-se a seu bloqueio continental contra a Inglaterra, ele decidiu invadir a Rússia. Conseguiu capturar Moscou em Setembro de 1812, mas as condições do rigoroso inverno ameaçaram cortar suas linhas de suprimento e ele teve de se retirar. Esse desastre militar foi o início do fim para o poderoso reinado de Napoleão. Quando os estados austríacos e alemães se rebelaram contra seu domínio, ele foi forçado a se retirar e seu império ruiu. Em 11 de abril de 1814, ele abdicou e foi obrigado a se exilar na Ilha de Elba. O homem que havia governado a maior parte de Europa tornara-se um mero morador de uma ilha minúscula e rochosa

A saída de Napoleão em 1814 deixou a França num caos total, não muito diferente daquele que ela experimentara durante a Revolução. Nessa época, a monarquia dos Bourbon foi restaurada, mas Luiz XVIII só reinou por dez meses.

Napoleão, que ficava cada vez mais aflito durante seu exílio, decidiu retornar à França. Em Paris, ele foi recebido de braços abertos, sobr4etudo por razões nostálgicas, já que ele representava a gloriosa França do passado.

Por um breve período de cem dias, iniciados em 10 de março de 1815, o relógio parecia ter andado um década para trás.

No entanto, o fato de ele ter voltado ao trono não agradou os velhos inimigos. Napoleão sabia que tinha de agir rapidamente para restaurar seu império. Ele tinha de arriscar uma vitória rápida, que derrubasse os países da Europa como frágeis peças de dominó enfileiradas. Uma grande tropa britânica, prussiana e holandesa, sob o comando do General prussiano Gebhart Leberecht Von Blucher (1742-1819) e de Arthur Wellesley (1769-1852), Duque de Wellington, foi reunida na Bélgica. Mas as forças numerosas e bem equipadas de Napoleão dividiram Blucher e Wellington e derrotaram os prussianos em Ligny, em 06 de Junho.

Os britânicos, então, recuaram para uma cidadezinha, localizada num pequeno entroncamento, chamada Waterloo, a cerca de vinte quilômetros de Bruxelas, na Bélgica, onde Napoleão os alcançou em 16 de Junho. Ele havia se preparado para atacar em 18 de junho, mas a chuva atrapalhou seus planos de posicionar os canhões. Napoleão finalmente atacou as 11 da manhã, e a batalha se estendeu por dez horas. Na manhã do dia 19 de junho de 1815, os franceses haviam sido derrotados, e 50 mil homens estavam mortos.

A Batalha de Waterloo significou uma das maiores reviravoltas nos rumos da história da Europa. Se Napoleão a tivesse vencido, ele teria tido a grande chance de restabelecer seu império, fazendo da França, uma vez mais, o poder dominante da Europa-e, talvez do mundo-, pelo restante do século dezenove.

Mas, sendo como foi a França jamais recuperaria o poder e a influência que teve sob Napoleão. Ele perdera o império francês na Europa e vendera uma área ainda maior – A Louisiana- , na América do Norte, aos Estados Unidos. Waterloo marcou o início da Pax Britannica, período de mais de um século em que a Inglaterra reinou como a principal superpotência do mundo.

Napoleão retornou à Paris e abdicou, pela segunda vez, quatro dias depois de sua derrota em Waterloo. Ele se rendou aos britânicos e foi levado para a Ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, onde viveu até a sua morte, causada por um câncer, em 08 de maio de 1821.

A herança mais duradoura de Napoleão não foi o fato de que suas conquistas deram à França um momento de glória. Sua maior contribuição para a história foi o chamado Código Napoleão, uma estrutura moderna de leis civis que reformularia completamente o sistema legal francês e das outras nações sob seu jugo.

O código Napoleão é a base das leis francesas até hoje.

*Texto retirado integralmente do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo*

* Editorial Prestígio – Bill Yenne

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Digitar (transcrever) estas linhas (históricas) para mim foi como viajar no tempo.

Impressionante como os fatos se sucederam, a rapidez como um homem somente pode alterar a rotina de milhares de pessoas durante tanto tempo.

Acredito que sua formação militar tenha lhe acalentado todos estes sonhos de domínio.

Mas é também impressionante quando as pessoas imaginam ter tudo sob o seu domínio, algo acontece e transforma repentinamente a realidade.

Será que se ele tivesse atacado um dia antes ou um dia depois teria ganhado a guerra?

Pergunta sem resposta.

O Código Napoleão é a base das leis francesas até hoje.

O que perdura é o que de bom foi deixado para o futuro.

Para ser um líder é preciso ter carisma e ser vencedor.

Transformar as pessoas em sua volta em vencedoras também.

O próprio exemplo se torna o maior dos incentivos.

Com um efeito dominó...na vida (e na história) existem tantos exemplos...

Robertson
Enviado por Robertson em 22/05/2009
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