Individualismo Coletivo

Não há como dizer se vale mais a pena ser completamente individualista, ou pensar apenas no coletivo, pois cada situação exige uma conduta diferente. Por exemplo, a mesma história que mostrou a importância do coletivismo, como no caso dos hippies, revelou que o individualismo não pode ser deixado de lado, afinal foi pensando no próprio bem que João I, rei de Portugal, mandou Pedro Álvares Cabral se certificar sobre qual era a terra descoberta por Vasco da Gama, e, conseqüentemente, descobrir o Brasil.

A história é feita de fatos contraditórios na maioria das vezes, e – não sendo diferente – a sociedade atual é marcada por essas oposições. Empresas procuram trabalhadores que saibam ouvir, opinar, conviver em grupo sem ter problemas e lidar com as diferenças; porém o mesmo não pode ser dito quanto às pessoas. Estas, apesar do esforço de alguns pais e escolas, estão tendendo muito mais para o individualismo. Um dos diversos motivos é a certeza do mundo estar se tornando mais competitivo, resultando em humanos menos preocupados com o outro.

Mesmo aparentando, o individualismo (quando não exagerado) não é ruim, Herbert de Souza disse: “Qualquer que seja o modelo de desenvolvimento, [...] ele se fará através das pessoas e daquilo que elas forem capazes de realizar a partir de si próprias”. A idéia boa sai de uma pessoa, e é aceita por outras, que são capazes de pô-la em prática. Logo, torna-se um “individualismo coletivo”, pois de pessoa em pessoa, cada uma com seu interesse, fez-se um compromisso coletivo, no qual uma depende da outra.

Nota-se então a necessidade de unir ambos, chegando a um equilíbrio, no qual até o ser mais egocêntrico consegue fazer parte de um grupo, de uma sociedade. Se o “eu” e o “nós” conseguirem caminhar juntos, um completará o outro.

Camille Labanca
Enviado por Camille Labanca em 21/05/2009
Código do texto: T1607237
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