A História do Homem - Parte LXI (Ludwig Van Beethoven 1770-1827)
Conhecido como “Michelangelo da Música” por sua genialidade artística e pela diversidade musical que o caracterizou, Ludwig Van Beethoven nasceu na cidade de Bonn, Alemanha, próximo ao Rio Reno.
Seu pai, Johann Beethoven, músico profissional, o fazia praticar constantemente ao piano. E, com catorze anos de idade, Beethoven já havia adquirido reputação considerável.
Depois da morte de sua mãe, no entanto, seu pai tornou-se alcoólatra e Beethoven foi morar com Madam Von reuning, cuja residência era um ponto de encontro para os principais músicos da época. Ali ele conheceu o compositor Franz Josef Haydn (1732-1809), que o convidou a estudar em Viena, então capital musical da Europa.
Entre 1792 e 1802, Beethoven compôs uma série de obras na linha de Mozart e Haydn, mas, após 1803, seu talento pessoal e único começou a despontar.
Em 1815, ele havia escrito a obra Fidélio e diversas sonatas para piano, bem como várias de suas sinfonias mais famosas, incluindo a Mi Bemol Maior (a Terceira, ou Eroica), a Si Bemol Maior (Quarta), a Dó Menor (a Quinta, ou Do Destino), Fá Maior (a Sexta ou Pastoral), Lá Maior (Sétima) e Fá Maior (Oitava).
A Eroica, ou Sinfonia Heróica, de Beethoven, foi originalmente dedicada a Napoleão Bonaparte, considerado por Beethoven e por muitas outras pessoas de sua época como o “Enviado por Deus para livrar a Europa da decadência da Idade Média”. Mais tarde, porém, Beethoven teve uma grande decepção com Napoleão quando ele corou-se a si mesmo como imperador.
Na época da Quinta e da Sexta sinfonias, Beethoven estava se tornando cada vez mais surdo.
Sua Quinta Sinfonia é vista não somente como a luta do homem contra seu destino, mas também com a batalha do próprio compositor com a surdez.
Sua Sinfonia Pastoral foi escrita em homenagem à zona rural, onde ele viveu por algum tempo após cancelar seu casamento com sua “Amada Imortal”-provavelmente Theresa Brunswick irmã do Conde Franz Von Brunswick.
Durante os anos de 1811 e 1812, Beethoven passou um bom tempo com o poeta, dramaturgo e escritor alemão Johann Wolfgang Von Goethe (1749-1832), cujo drama Egmont serviu de inspiração para a Sétima Sinfonia de Beethoven, considerada a mais alegre de todas elas.
A última Sinfonia, a Nona ou Coral, que estreou em Viena em 1824, foi inspirada na Ode à Alegria, obra do autor e poeta clássico alemão Hohann Christoph Friedrich Von Schiller (1759-1805). Nessa época, o compositor das mais vigorosas sinfonias do mundo estava praticamente surdo.
Beethoven, assim com Mozart, morreu infeliz. O talento de suas músicas escondeu a tragédia de sua vida pessoal.
Mas ele entrou para a história por ter trazido a música para a vanguarda da vida cultura e intelectual da sociedade ocidental, o que até então não havia ocorrido.
*Texto retirado do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo* Editorial Prestígio – Bill Yenne
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Grandes gênios, grandes tristezas.
Perbemos que O Homem na História esconde as suas mágoas, as suas tristezas e lança o seu grito de socorro ao mundo através das letras, da poesia, da música, das artes.
Por isso é tão importante para a sociedade que os planos dos governos envolvam cada vez mais a arte e a cultura em seus compromissos com os cidadãos.
Na arte e na cultura o Homem extravasa seus desencantamentos, suas dores e também suas alegrias, sua felicidade, os seus encantamentos.
O bem que isto faz é imensurável.
O homem que não pode mostrar ao mundo os seus sentimentos é um homem triste, solitário e propenso ao suicídio, ao alcoolismo, as drogas.
Quanto mais escrevo sobre o Homem na História, mais percebo que eles eram de carne e osso, sofriam como nós, alegravam-se e procuravam viver o seu momento com intensidade.
A nós cabe prosseguir com esta sintonia com o nosso tempo.
Acrescentar ao nosso dia a dia o que de melhor eles produziram, respeitar as suas produções e levá-las adiante para o futuro, para que nãos se percam no tempo.