A História do Homem - Parte LIV (Voltaire 1694-1778)

O mais importante nome da literatura clássica francesa, Voltaire, cujo nome verdadeiro François-Marie Arount, representou para a palavra escrita o que Leonardo da Vinci significou para a arte e engenharia.

Ele tanto escreveu ficção como não-ficção num estilo espirituoso, porém polido, e também foi respeitado como filósofo e cientista, além de ensinar literatura para Frederico, o Grande.

Nascido em Paris, numa respeitável família de classe média, Voltaire também escreveu e leu muita poesia.Suas sátiras deliciavam as pessoas, mas irritavam quem pertencia aos círculos acadêmicos oficiais.

Para escapar à hostilidade dos franceses, em 1726 ele viajou para a Inglaterra, onde se tornou amigo, e também recebeu muita influência, do poeta Alexander Pope (1688-1744) e do poeta e satirista Jonathan Swift (1667-1745) e do filósofo John Locke (1632-1704).

Adquiriu fluência na língua inglesa e, quando retornou à Paris, em 1729, apresentou aos franceses as obras de William Shakespeare.

Nessa época, sua carreira literária começou a prosperar e suas obras de ficção, como A HENRÍADA (1730) e ZAÍRA (1732), tornaram-se populares. Já as satíricas CARTS FILOSÓFICAS (1734) atraíram a ira dos acadêmicos que ele havia atacado.

Entre 1734 e 1749 Voltaire viajou por toda Europa, mas passou boa parte do tempo com Émilie Du Chatêlet (1706-1749), matemática e cientista newtoniana, num laboratório que haviam construído em Cirey.

Em 1738, seu ELEMENTOS DA FILOSOFIA DE NEWTON foi publicado na Holanda, onde ele se tornou amigo de Frederico, o Grande. Depois da morte de madame Du Chatêlet, Voltaire aceitou o convite de Frederico para ir à sua corte em Potsdam, onde se tornou mentor literário do Imperador.

Mas, depois, os dois homens romperam um com o outro e Voltaire mudou para Lês Delices, sua residência próxima a Genebra. Foi lá que ele escreveu CÂNDIDO (1759), sua maior obra de ficção, em muitas outras obras históricas e filosóficas, entre elas o DICONÁRIO FILOSÓFICO (1764).

Quando retornou a Paris em 1778. ele participou de tantas celebrações e homenagens que chegou à exaustão, fator que pode ter contribuído para sua morte.

Escritor muito popular em sua época, ele é lembrando como o primeiro grande historiador francês, além do mais respeitado escritor de sua língua.

*Texto retirado do Livro 100 Homens que mudaram a História do Mundo* Editorial Prestígio – Bill Yenne

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Muitos personagens da História tiveram que sair de seus países de origem para alcançar sucesso fora deles.

Muitas vezes a inveja, as vaidades e interesses vários procuram dificultar o reconhecimento destas pessoas que possuem intelecto diferenciado.

Obras satíricas geralmente provocam indignação das pessoas citadas.

Hoje temos a globalização onde os meios de comunicação podem tornar uma pessoa

Reconhecida simultaneamente em mais de um país. Onde as fronteiras deixam de ser territoriais.

Assim como o mal se propaga por estes meios, que o bem e a boa literatura tenham A sua propagação acentuada e torne o mundo um lugar melhor para se viver.

Robertson
Enviado por Robertson em 10/05/2009
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