Televisão x comportamento: a novela da vida real
É fato indiscutível que a televisão exerce um papel fundamental no comportamento da sociedade. Ela dita moda, regras e valores, proporciona a erotização precoce das crianças e promove um processo de alienação social.
As propagandas são um verdadeiro manual de etiqueta. Tudo o que se veicula é rapidamente assimilado pelos telespectadores. Vestuário ( a famosa “sainha da Sabrina”), cosméticos (produtos Avon e Natura), normas de conduta e valores éticos (programa de auditório “Casos de Família”), refletem a repectividade passiva da exaltação consumista e ideológica. A televisão objetiva o alto ibope, esquecendo-se da moral, dos bons costumes e dos valores de convivência.
A influência da TV começa cedo, na infância, não se restringindo à adolescência. As cenas eróticas exibidas com freqüência são um estimulo à erotização das crianças. Estas rejeitem roupas infantis e querem roupas iguais às dos adultos. Querem parecer atraentes, sem terem consciência do que seja um romance. Apenas desejam imitar os adultos. Os pais simplesmente desistem de exercer seu controle sobre os filhos. Abandonam seu papel de educadores, deixando que os “profissionais” da comunicação o façam.
Um dos tipos de programas televisivos que mais exerce influencia no comportamento das pessoas é a novela. No Brasil, A TV Globo é a emissora que mais prioriza a teledramartugia, cuja qualidade técnica é altíssima. Através das novelas, vê-se a vida imitar arte. Porém, certas atitudes de personagem geram a alienação do cidadão comum acerca de sua situação, seja social, econômica, ideológica. É apresentada uma realidade estranha à dele, o que caracteriza uma fuga constante de realidade.
De posse dos argumentos citados, conclui-se que a TV é um veiculo poderoso, que influencia a todos, mesmo sem se ter consciência disso. É difícil para a população diferenciar o que é rela do que não é apenas baseando-se nas versões dos meios de comunicativos. A televisão é a imagem do povo: ela apresenta o que as pessoas gostam de ver (o são levadas a gostar) e pedem para ver. É um ciclo vicioso, que aprece não ter mais fim.