Retrato velho, pôster novo
A modernidade, ao longo da História, vem transformando as sociedades humanas e impondo seus costumes. E isso provoca conflitos entre as passadas e recentes gerações, pois o modo de pensar e agir dos jovens tornou-se mais “liberal-radical”, em oposição à tradição de valores de nossos genitores.
Nossos pais (ou avós) sempre relatam momentos de suas “épocas”, retratando a conduta seguida pela sociedade, como nos “anos 60”, onde a juventude, na luta pelo social, foi às ruas gritar a favor do socialismo e da liberdade individual, no regime militar, contra a opressão e a tirania, “Diretas já”, pelo direito ao voto. Ouvindo-os, parece-nos incrível (e até retrógrado) tanta coragem, visto que as inovações tecnológicas promovem um comodismo imediato, onde tudo está ao nosso alcance.
A juventude deixa-se influenciar pelos meios de comunicação, convidativos às experiências promovidas pelo desenfreado consumismo global e influenciando em diversos aspectos como vestuário, dialeto, relacionamentos, e o mais aguçado, a capacidade crítica. Isto contrasta com a tradição de nossos pais, tornando-a esquecida, a ponto de ser vista como algo ultrapassado e “fora de moda”.
Mais do que um protagonismo juvenil, a força jovem não fica inerte à atitude dos adultos e adquirem consciência e maturidade para tomar suas decisões, mesmo que essas entrem em choque com as idéias estabelecidas pelas civilizações ascendentes.
Exemplos, a atualidade expõe. Não raro vemos jovens desestruturarem suas famílias, através dos noticiários, e caírem no mundo das drogas, prostituição, roubo, por divergirem do pensamento de seus pais, provocando conseqüências irreparáveis: a morte de entes (caso “Suzane Louise von Richthofen”).
Sempre haverá divergências entre gerações, pois são antagônicas e nenhuma é melhor do que a outra. A sociedade tem se modificado, visto que os valores éticos estão se perdendo. É preciso que haja mais diálogo entre pais e filhos, a fim de conseguirmos dias melhores para as gerações vindouras.