VISITA TÉCNICA NO HANGAR
Um grupo de acadêmicos do curso de turismo da FABEL - Faculdade de Belém, orientados pela professora Luciana Mendes, estiveram em visita técnica no Hangar no dia 04/04/2009, ressalta-se que para o referido estabelecimento de eventos esta foi a primeira turma de acadêmicos recebida no Hangar desde sua inauguração.
A recepção dada aos acadêmicos, em princípio, foi áspera e imprecisa, a impressão passada era de que a comunicação entre os funcionários foi deficiente e que alguns desconheciam que iria ocorrer a visita técnica no local, porém, este problema foi resolvido e no momento seguinte, a recepção passou a ser calorosa e agradável, muito explicativa, passando aos acadêmicos, informações detalhadas e precisas a respeito do Hangar.
A professora Luciana contou que, anteriormente, logo após a inauguração da referida obra, não havia o tablado, semelhante a uma proteção, senhoras engatavam seus saltos, o que provavelmente, poderiam vir a cair, o que poderá ter acontecido algumas vezes.
Observa-se também a falta de proteção ao redor dos lagos da entrada, o que se torna muito perigoso, favorecendo, a queda de pessoas (crianças) ou até mesmo pessoas alcoolizadas durante os eventos.
O Hangar foi uma obra iniciada em agosto de 2005 e inaugurada em 17 de maio de 2007, em seu interior, não possui placas explicativas, apenas a placa de inauguração, esta se encontra em uma localização pouco privilegiada, muito escondida e foi considerada pelos acadêmicos pequena e humilde para o tamanho da obra.
O projeto arquitetônico do Hangar contou com o apoio de dez nomes e a fiscalização da obra contou com a participação de oito nomes, o Hangar é uma associação não governamental, possui uma área total de 63.000, sendo área construída apenas 24.000, equipado com a mais avançada tecnologia, preparado para receber eventos como Feiras, Simpósios, Congressos, Convenções e outros.
É passado aos clientes, o incentivo pela preservação do mesmo, uma vez que ao comprar o espaço para a realização de seu evento o cliente recebe o manual de uso, para que haja a preservação dentro do ambiente, mesmo assim o Hangar já possui uns vidros trincados devido ao som de alguns eventos de maior porte, que aconteceram no ato do ajuste por causa do estrondo.
O cliente aluga o espaço e os restantes dos preparativos ficam por conta da coordenação do evento, o pessoal do Hangar poderá indicar serviços terceirizados, o cliente ao alugar o espaço, paga mais 10% de taxa para usar um espaço extra, tipo cozinha, salas Vips e outros, no caso da cozinha é cobrada a taxa mesmo que o serviço de Buffet seja terceirizado. Ainda para aqueles clientes de fora, que vêem do sul do país ou outros locais, o Hangar oferece uma listagem de serviços terceirizados.
O espaço da frente do Hangar, destinado a feiras, de acordo com o secretário auxiliar de eventos, comporta 22.000 pessoas em pé e 16.000 pessoas sentadas, a área de feiras é de 7.500 metros quadrados, nesta área, informou o referido secretário, que as centrais de ar condicionado são em número de cinqüenta e quatro máquinas disponibilizadas nesta área de feiras no Hangar I onde a cada duas fileiras há uma conexão hidráulica outra elétrica para a conexão de telefones e internet. A corrente elétrica é de 380 volts com tri fase, a existência do transformador serve para a ligação de aparelhos de baixa potência por ocasião de feiras nos estandes, nesta área não há sistema sprint antiincêndio.
O Hangar possui dois sistemas de lixeiras, as eletrônicas localizadas na área de auditórios, atuam com sistemas de baterias, são em aço inoxidável, suas baterias são recarregadas quando há eventos, previamente; as recicláveis que possuem um visual muito atraente e são oriundas do Curro Velho.
O Hangar possui doze banheiros, que estavam trancados com sistema eletrônico, através de cartões magnéticos, o salão B possui dois banheiros com nove vasos, oito pias, sete mictórios (banheiro masculino), o outro banheiro deste setor é totalmente igual, apenas, sem os mictórios (banheiro feminino).
De uma forma melindrosa e incoerente observa-se que o Hangar possui pelo lado esquerdo uma porta que serve tanto para carga e descarga de mercadorias, como também saída de veículos de visitantes que acontece pelo mesmo lado, tornando o espaço insuficiente, quando ocorre, simultaneamente, com a carga e descarga de material ou mercadorias, provocando transtorno a todos, para que o problema seja contornado, os funcionários se comunicam através de rádios transmissores e ramais informando uns aos outros a liberação ou não dos espaços, a fim de minimizar os problemas, em virtude, de esta lateral servir para as duas funções.
No Hangar II, encontra-se o salão B, este é constituído de quatro módulos, cada um deles possui capacidade para 200 pessoas, quando abertos, os quatro módulos oferecem espaço para 800 pessoas, pois suas paredes são móveis ou removíveis, estas foram oriundas de São Paulo e os funcionários recebem treinamento de como manuseá-las. Cada módulo possui seu ar condicionado específico. Um único módulo pode ser utilizado para eventos pequenos, como formaturas e outros, com disponibilidade para 200 pessoas.
No Hangar II já se observa a presença de sprint, sistema antiincêndio, cinco geradores com 500 cave ares totalizando 2.500 cave ares, do salão B, do Hangar II, se observa o deck onde está a samaumeira, uma área a céu aberto rodeada pelo espelho d’água, uma espécie de lago artificial, revestido de lona preta, possui uma profundidade de 50 centímetros, água do lago é tratada através de um sistema de bombas por causa dos peixes existentes no local, a vitória-régia, planta aquática, nativa da região amazônica, também presente, embelezando, ajuda a cuidar do lago.
Ao redor do pequeno lago interno que circunda o salão B, nunca houve proteção, a não ser a faixa amarela pintada no chão, o que tem provocado vários acidentes de pequeno porte.
Ao chegar à Praça de Alimentação, o secretário informou que esta funciona todos os domingos aberta a todo tipo de público, neste ambiente se encontra a maravilhosa obra de Berna Reale, confeccionada em cerâmica queimada a 950°, representando as mãos das pessoas que tornaram o sonho do Hangar possível, o espaço da praça comporta 600 pessoas sentadas e possui vasto sistema bancário, com vários caixas eletrônicos de diversas instituições bancarias nacional.
Os auditórios ficam na parte de cima, os elevadores possuem capacidade para quatorze pessoas ou 1.050 kg de peso. Este espaço é composto de oito módulos, cada um deles comporta 250 pessoas, as paredes também deste ambiente são móveis, quando abertas o salão oferece espaço para 2.000 pessoas. O espaço quando alugado acompanha cadeiras, iluminação, efeitos áudios-visuais, entre outros. Estes módulos do auditório podem ser transformados em área vip de acordo com a necessidade do cliente.
A cozinha do Hangar mostra dinamismo e modernidade, porém, infelizmente, não havia um profissional competente no ramo para explicar em mínimos detalhes o seu complexo funcionamento, puderam ser observados alguns itens desse fabuloso espaço, como por exemplo, a torneira do lavatório que funciona através de sensor, cinco câmaras frigoríficas, vaporizador para tirar o odor da cozinha, utensílio multifritas para frituras, gigantesco fogão industrial, coifa ventilação, fornos e outros, com todos estes apetrechos culinários a cozinha do hangar está capacitada para servir 2.000 refeições por hora.
Vale lembrar que este magnífico espaço possui um estacionamento que acomoda 1.000 carros, apesar de ser um contratempo para o visitante a saída do mesmo ser pela lateral onde há carga e descarga de materiais, pelo menos se tem a despreocupação que seu veículo está guardado, longe de vândalos.
Perto da sala de imprensa, sala com quinze computadores, para atividades diversas, encontra-se os auditórios Marajó I e II que são setores de auditórios que comportam 300 pessoas e ainda perto destes se localizam duas salas Vips.
Subindo por uma escada de ferro, encontram-se quatro salas de tradução, muito escuras e o vidro temperado, importado da Bélgica.
Ao longo da visita foi mostrado uma das salas multiuso, que são em número de doze, sendo quatro salas com 80 lugares, duas salas para 100 pessoas e as seis salas restantes para 60 pessoas.
A visita técnica que começou às 10h15min teve seu término às 12h15min, quando a jovem secretária de nome Paola, falou sobre os backdropers ou biombos, o que mais pareceu com uma divisória, sua utilização entre outras serve para montar cenários.
Sem dúvida esta visita enriqueceu e contribuiu para o conhecimento e aprendizado dos acadêmicos no contexto do mundo dos eventos, principalmente, em termos de espaço e disponibilidade do mesmo em relação à dimensão, porte e público dos eventos, como se tudo fosse visto por trás dos bastidores, experiência enriquecedora.