Texto acerca das três concepções da linguagem

“A linguagem como construção da identidade”

A linguagem está presente em toda nossa vida e é por meio dela que interagimos com o mundo e nos tornamos seres sociáveis no meio ao qual estamos inseridos. No que diz respeito à nossa formação enquanto seres falantes e comunicativos, temos três concepções de linguagem que envolvem questões de ensino e aprendizagem da língua, desde o nascimento e durante toda a vida.

A primeira concepção consiste na linguagem como forma de expressão do pensamento, remetendo à ideia de que a linguagem era considerada como a tradução do pensamento e partia de uma gramática normativa estática, na qual o conceito do “certo e errado” era imprescindível para a distinção do ser falante. No ensino da língua era valorizado as formas gramaticais pré-estabelecidas, ou seja, configurava-se o ensino prescritivo sem espaços para as variações linguísticas, ressaltando, sempre, a importância das regras a serem seguidas.

A segunda concepção aborda a linguagem como instrumento de comunicação, pelo qual a língua é vista como um código que transmite uma mensagem e toma forma fora de nossos pensamentos. No ensino, os alunos tornaram-se mais ativos no aprendizado, o que colaborou para um melhor desenvolvimento de suas capacidades comunicativas. Já as escolas passaram a ser menos autoritárias e os professores buscaram novas formas para facilitar o acesso ao conhecimento da língua e da compreensão dela pelo aluno, não é mais prioridade do professor ficar impondo regras e vetando as ideias dos alunos. Diante dessa perspectiva, houve um melhor crescimento e aproveitamento do indivíduo enquanto às práticas de ensino e aprendizagem, além de facilitar a interação entre os interlocutores.

E, por final, temos a terceira concepção, que visa a linguagem como forma de interação , proporcionando um ensino mais eficaz e capaz de desenvolver melhores caminhos para se observar a funcionalidade da língua, sendo assim, na escola, todos tornam-se sujeitos passíveis de interação. O aluno passa a ter um aprendizado mais ativo, conseguindo perceber a língua em seu uso real, de forma mais clara e presente em seu cotidiano, adquirindo a capacidade de discernir as diversas utilizações da língua e o seu emprego adequado nas diversas situações comunicativas, reduzindo, dessa forma, a prioridade dos métodos tradicionalistas.

Passa-se a exercer uma reflexão sobre a língua, na qual o indivíduo desenvolve uma independência intelectual e passa a ter várias compreensões daquilo que lhe é apresentado, atribuindo valores e significados de acordo com sua própria visão de mundo.

Nesse sentido, cabe a cada um de nós compreendermos uns aos outros e aprendermos através das diferenças, pois cada um de nós temos características singulares que nos tornam únicos e especiais. E, diante desses fatos, devemos sempre nos atentar aos aspectos referentes ao uso da linguagem, pois é por meio dela que nos revelamos ao mundo e, consequentemente, construímos a nossa identidade.

Dayane Pereira
Enviado por Dayane Pereira em 13/04/2009
Reeditado em 04/06/2014
Código do texto: T1536205
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