PRIMAVERA
Chegou a estação das flores! A primavera floresce! E com ela, a
alegria colorida nos campos,várzeas,cerrados,florestas,planícies e mon-
tanhas deste quadrante global.É um desabrochar generalizado:semen-
tes, botões, flores e pétalas que exalam e inspiram o amor, fragância
que perfuma a vida.
É a natureza dando vivas ao Cósmico Criador.Pena que esta har-
monia não estenda ao reino humano, onde a semente que frutifica é o
ódio,a flor que desabrocha é a discórdia que exala e inspira a guerra,
que expande a fragância da fome e da morte.
Deve cada um dos seres humanos refletir sobre suas ações e
após calçarem as sandálias da humildade,aprender a amar e respeitar
tal como nos ensinam as plantas e os animais...
É primavera! No reino animal,os machos excêntrica e intrínsica-
mente vaidosos, de acordo com cada espécie, afinam suas melodias,
seus uivados, seus acordes, seus mugidos e grasnados, coachos e
urros de conquista e prazer...Os animais machos fazem de tudo para atrair e cativar suas doces fêmeas no cio da vida. Uns sacodem as ju-
bas e topetes,alguns esbanjam exuberância na cauda e muitos outros dançam,dançam a valsa,o samba,o tango,o bolero e o axé da perpetui-
dade das espécies.E o humano macho?
Ainda há outros,pequeninos e lindos que-inconscientes para o hu-
mano-polinizam flores multicores que darão mil multicores belas e novas
flores. Muitos animais, após seu metabolismo alimentar, andam, voam disseminando a serviço dos deuses jardineiros,a vida;através de suas
defecações benfazejas...
É nauseante e poluente o defecar do animal humano.
A primavera na natureza é bela,mágica e difere qualitativamente
da primavera do reino humano.
As flores que aqui desabrocham,não desabrocham como lá.Lá tem
respeito;cá,só tem abuso.Lá o sexo não tem risco,é perpetuidade. Cá,
virou promiscuidade, é risco. Cá, a flor é granada.Lá,é tulipa,hortênsia,
margarida,cravo,rosa,jasmim,crisântemo,miosótis,sempre-viva,orquídea,
vitória -régia, lótus, camptosema, amor-perfeito... Lá é primavera! Cá
prima a guerra.Se a guerra não parar de primar certamente não haverá
mais primavera. Nem no reino de lá, nem no reino de cá. Deseja-se cá,
a primavera de lá...
Na estação das flores, há a esperança da vida retratada na tela
incomensurável e bela da natureza que só um Artista Divino pode re-
tratar com tamanha plenitude primaveril...