Os seres humanos e eu
Aaaaaaaaaaaaaaaaah!
Eu não queria reclamar...
Eu não queria ter que dizer
O que ninguém ouve o mundo gritar
O que ninguem mais quer saber...
Eu não queria...
Não...
Nem queria continuar a pensar...
E pensar...
Aquilo tudo que jamais irei aceitar...
Que só a morte talvez faça esquecer...
Eu não queria não!
Mas eu...
Eu só sei amar, e isso não sem sofrer...
Tenho a melhor familia e também os melhores amigos...
Tenho o meu jeito próprio, o meu próprio gosto esquisito...
Os velhos costumes impregnados...
Minhas próprias manias de utopia e todos meus vícios...
E eu acho que ja chegou o tempo de parar...
E procurar outra coisa pra tentar ou querer...
Mas...
Eu ainda assim prefiro o meu próprio absurdo
E tudo aquilo que só eu sei gostar...
Pois o problema não é onde minha cabeça está...
O problema não é o eu...
Nem muito menos voces meus amores...
O meu problema é o mundo lá fora...
E tudo mais o que nele há...
Ninguém parace perceber...
Um mundo sem glória de desigualdade e descaso...
Onde voce não pode nem mesmo ser voce...
Desde que voce nasceu...
Os valores inversos e a honra desonrada...
É pela vitória solitária que eles querem lutar
E claro!
Uma derrota coletiva é o que eles vão ter!!!
Uma batalha que se trava aos dias e sem cessar...
E nunca se pode vencer, nem muito menos triunfar!
E nunca nenhum quer perder...
E todos querem ganhar...
Algo mais que alguém ensinou que eles deveriam ter...
Pra ser alguém em algum lugar...
Vejo os que falam a sós...
Os que dormem e os que se dopam...
Os que temem, os que lutam...
Os que riem, e que choram...
Os que se fartam na miséria de outro...
O que se lamenta do destino...
Os que agem, os que desistem...
Todos iguais, na sua indiferença...
Pessoas...
Elas me olham, umas sorriem, outras me encaram...
Alguns que admiro e tantos outros me enojam!
E eu estenderia a mão pra qualquer uma...
Qualquer uma delas!
Mas eu...
Não tenho amor por elas...
Sim tenho o amor pela vida...
Sinto pena e ódio delas
Por serem suas dívidas sádicas,
Burras, cegas, desistentes e omissas...
Mas não sinto prazer ao vê-las sangrar...
Ao ve-las se alimentar uma da outra...
Pelo contrario!
Eu sinto a dor alheia... a "minha" dor alheia...
Que em mim que não à vivo, sempre está!
Mas também pra ajudar
Não há nada que eu possa fazer...
Aumento a minha certeza...
...
De que elas também não podem me ajudar...
Eu vejo tudo com olhos os quais nem todos podem ter...
Todas essas pessoas que nunca se puseram pra pensar...
Sobre que nós somos na verdade
As faces por tras da mentira que mundo (inocentemente) parece ser...
Mas não é assim e nem era pra ser...
Sobre que um é tratado como cão
Por um outro que cão de alguém tambem deverá ser...
Escuto falarem sobre moral e bons costumes
E vejo as crianças sendo guiadas...
Num caminho onde cada um "só" nunca irá ganhar nem entender...
Mais o todo estará sempre à se separar à em si se perder...
Eu vejo!
Vejo as pessoas ao redor...
Passando pelas ruas...
Vejo como me olham...
Todas iguais...
Com suas mentes ocupadas...
Não sei quem são...
Mas ao mesmo tempo;
Eu sei muito bem...
Eu sou uma pessoa...
Eu também não sou ninguém...
E também não mudo por nada...
Mas minhas convicções são apenas minhas!
As convicções delas são coletivas estereotipadas...
Elas simplesmente me olham...
Mas jamais poderão me ver...
Eu não olho pra elas...
E delas eu não espero nada...
Nada, que possa no bem me surpreender...
Nada...
Não cobro nada...
Nada...
Demonstro tudo...
As vezes sem palavras...
Um grito mudo!
Engano seu!!!!
Eu não busco pela compreensão alheia...
Por que a partir de agora eu mudei...
Mudei a minha aparência!
Isso é o suficiente...
Pra que eu seja aceito
Uma raposa no galinheiro
Mas nunca poderei e nem quero mudar
A minha alma a minha essência!
Não acredite, não duvide!
Nunca espero que me entendam...