Mulher e Gay pode governar um país?
Num mundo machista, sexista, preconceituoso e discriminatório como o nosso, infelizmente, uma mulher lésbica jamais poderia ocupar um cargo tão importante. Mas as coisas mudam, o tempo passa e os muros caem.
Johanna Sigurdardottir, lésbica, 66 anos de idade, chefia a Islândia, depois de ser ministra da ação social desde 1987. Não é por ser mulher e por ser gay que uma pessoa tem mais ou tem menos capacidade de dirigir uma nação. Espera-se que ela cumpra o que determina as leis daquele país, e que realize um governo de coalizão, de prosperidade e que trabalhe pelo social. Não é por ser um país de primeiro mundo, europeu, que as coisas seriam diferentes. O preconceito também há, talvez em menor escala, mas existe.
Discriminação contra a mulher, contra as minorias também há na Europa. Com a Sigurdardottir talvez não seja diferente, mesmo ela sendo assumida e casada com a jornalista e roteirista Jonina Leosdottir desde 2002. A responsabilidade é bem maior quando se trata de um gay, a cobrança é grande, mas o apoio da população pode ajudar a esta mulher guerreira e corajosa. Ela teve um casamento heterossexual, do qual tem dois filhos. Ela é mãe, mais um atributo, mais uma qualidade da mulher. Agora é esperar e torcer para que tudo dê certo.
Outros homossexuais já ocupam cargos importantes em outros países como Bertrand Delanoë, prefeito de Paris e Klaus Wowereit, de Berlim. Johanna Sigurdardottir é a primeira a ser chefe de estado. O mundo deve abraçá-la, apoiá-la, a fim de demonstrar que realmente todos estão em luta para acabar com o preconceito.