LETRAS DA VIDA GILMAR LINHARES INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Se nós nunca sairmos do nosso confinamento, arrancando de dentro de nossas entranhas o maldito egoísmo, para assim fazermos nossa parte social, nunca daremos a nós mesmos e aos outros, como exemplo, o que há de vital dentro de nós. Às vezes sinto – me tão cansado por ver tantas pessoas com suas demonstrações supérfluas , ao mesmo tempo em que recusam-se a sair dos seus saltos altos, o que na sua maioria, mostrar aos demais atos de superioridade, quiçá ocultas fraquezas espirituais,e psicológicas. Entretanto, é também extremamente terrível e estafante para os mais sensíveis, vê–los, semelhantes, humanos, pobres e podres carnes que um dia a terra irá de comer, deixam–se levar pela tão sombria força da mediocridade, estupidez, ignorância, complexo de inferioridade, ou até mesmo seus traumas de infância. Com tantos supostos pensamentos, é certo que nada querem, nem se esforçam para mudar, nem para ajudar o próximo.
A maioria, luta para não dar o que tem de bom dentro de cada um deles, que por certo preferem mostrar o então tenebroso ódio, rancor, orgulho, e a falta de humildade para com seus irmãos. Como exemplos, temos as questões mercenárias que tantos idolatram e endeusam, nos tornando bestas feras e escravos dos caprichos. A inflexibilidade e a hipocrisia parecem querer tomar todo o seu espaço dando mal exemplo às crianças.
Pode então lhe parecer com todas minhas palavras aqui escritas algo semelhante com o rancor e o ódio, mais é mais que demais a tentativa de chamar atenção de todos, para que tomemos como exemplo o então, irmão BETINHO que mesmo nos fins de sua vida, praticou seu tão esplendor ato de caridade para com todos, neste lindo maravilhoso, às vezes vergonhoso país.
Eu venho de uma família rica ou talvez vista de tal forma, (Rodrigues). Por ironia do destino fui criado na mais absoluta pobreza, a noite dividíamos um pão em duas partes para os outros irmãos, e pela manhã minha avó fazia escaldado de farinha com café para nos alimentar. É bom lembrar: se não existisse a generosidade e a caridade desta senhora? Como seria meu coração no meio de tantos que muitas vezes não precisaram passar por isso e que nada querem fazer pelo seu semelhante que vive desolado por força deste sistema tão cruel para alguns, que nada tem e às vezes bom para os que tudo tem, más que nada fazem. Seria então culpa dos homens ou simplesmente um carma espiritual como tenta explicar o Allan Kardec! No meu entender as duas coisas, más claro para mim o egoísmo, a vaidade, o orgulho e sobretudo, a falta de tentar praticar a caridade, que possivelmente pode estar trancado a sete chaves dentro do nosso coração tamanho trem, que pode ser zem, basta querer.
Este não é só um livro contendo a minha Autobiografia, é talvez uma pequena porta de esperança numa das minhas tentativas de tomar minha e sua vida como exemplos, sem emitir nenhum juízo de valores aos demais. Os escândalos que tanto ouvimos pela televisão poderiam, depois de tantos gastos para com os protagonistas destas terríveis e vergonhosas novelas da corrupção, se transformar em comida para os que passam fome, remédios para os doentes, roupas para os descamisados, cadeiras de rodas para os deficientes, moradia para os que vivem nos viadutos, um pouco do básico como manda as leis de Deus e a constituição de 1988, para tantos que pagam seus impostos e são obrigados a ver tanta lama de supostas corrupções derramadas sobre suas caras já tão sofridas e esquecidas pelos os que prometem tanto e que nada fazem.
Mentiras, mentiras, mentiras, mentiras, e mentiras...
Quando às vezes nos calamos é porque somos forçados a nos silenciar por aqueles que vivem tão bem pagos com nossos impostos, assim vivemos mal com todo nosso silêncio, às vezes por medo das leis, e às vezes acreditando em falsas promessas, na esperança que um dia tudo irá mudar.
Depende de nós, se o circo vai ou não continuar armado.
LETRAS DA VIDA GILMAR LINHARES