Trabalho árduo - Amar ao próximo - como a si mesmo
Como um mar revolto e tenaz é a vida!
Fluxo constante de mudanças oferece-nos o cansaço, a instabilidade,
O estado considerado civilista estimula comportamentos englobados, atendendo a sistema sem nuanças.
O extemporâneo é irretorquível!
A globalização trouxe para a humanidade um complexo de conseqüências, dentre as quais as injustiças sociais, na justa medida em que passou a acompanhar a evolução do capitalismo e seu retorno a forma primitiva de acumulação de bens, com a decadência do socialismo devido e a crise do sistema concessivo de humanização, do capital (social-democracia)
"A vida não dá, nem empresta; não se comove, nem se apieda.
“Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos” Einstein
Há uma frase que repercute em todos ambientes religiosos – doutrinários ou espiritualistas:
"Amar ao próximo - como a si mesmo"
Elas expressam sentido opostos da Lei Divina e a mundana sobre o amor..
Amar tanto a si mesmo como ao nosso semelhante (obviamente, com generosidade, sem cobranças).
Mas... Como posso doar algo generosamente, se não possuo nem para mim mesmo?
A conduta de Amar ao próximo como a mim mesmo refere-se a uma relação entre Eu e o Outro tendo como intermediário o amor - Presente do Indicativo Ativo
Muitos relacionamentos não dão certo motivado pelo desequilíbrio. Amar a si mesmo é um requisito fundamental para que o ser humano possa vivenciar a felicidade. Embora tenhamos aprendido que a auto-estima é individualista é egoísta, ela é essencial para que possamos nos expor ao mundo com coragem e confiança.
Aquele que não ama a si próprio, não reconhece em si - qualidades e talentos - dificilmente conseguirá amar verdadeiramente o outro, pois seu amor será sempre revestido de medo, desconfiança.
"A minha liberdade termina onde começa a do outro".
A liberdade vai sempre depender da liberdade dos outros. Sartre expõe seu pensamento a respeito da autenticidade:
“- Reconheço que o homem é um ser que a essência é precedida pela existência, que ele é um ser livre que só pode querer a liberdade, qualquer que sejam as circunstâncias, estou concomitantemente admitindo que só posso querer - a liberdade dos outros”
Tradução – Se tenho liberdade interior – eu não possuo índole para ser um escravocrata.
O mais relevante entre os familiares e amigos é o afeto, a solidariedade, a união, o respeito, a confiança, o amor.
São Direitos fundamentais, irrefutáveis, o direito da identidade pessoal, a integridade física, psíquica indisponíveis, de cada individuo inserido na sociedade.
Quanto maior o nível de autoconsciência de nossos deveres e direitos diante a vida, os fados se tornam mais claros, compreensíveis dando-nos maior segurança, firmeza, solidez, distanciando-nos na qualidade de juiz.
Ninguém tem informações suficientes para fazer um veredicto e colocar-se acima dos fatos e da verdade. Quando se julga alguém normalmente nos baseamos em nossas réguas, e nem sempre elas estão alinhadas em um nível superior para saber o que é o melhor, o que é certo ou o que é errado.
Neste comportamento ainda geramos uma energia que não nos é positiva.
No lugar de julgar, talvez seja mais prudente oferecer um apoio (se realmente à pessoa estiver precisando).
Defeitos é parte integrante de todo ser humano. O que é defeito aos olhos de um, pode não ser defeito aos olhos do outro; “o que é veneno para um, pode ser remédio para outro”
Julgar é tirar os olhos de nós mesmos, esquecendo o que realmente somos – como dos erros que inserimos em nossas vidas.
O julgamento constitui um dos grandes entraves à nossa evolução, pois o Mestre Jesus, Buda, e os demais avatares afirmam que seremos julgados com o mesmo comportamento que empregarmos em relação ao nosso próximo.
Quando tivermos que externar um pensamento, devemos antes pesar suas conseqüências, se impondo uma análise relativa à própria consciência, entenderemos que possuímos certas imperfeições encontradas em nosso semelhante.
Com relação a isso, devemos lembrar duas afirmações de Jesus;
Muitas vezes, “vemos um pequeno cisco nos olhos do nosso irmão, e não vemos a trave que existe em nosso próprio olho"; e outra, quando afirmou que muitos sãos os que "coam um mosquito e engolem um camelo".
Uma pessoa em sintonia com seu Eu interior, não se deixa enganar por uma imagem fugaz ou uma sensação passageira.
Dificilmente poderemos progredir quando devotarmos nossas energias às buscas materialistas do mundo exterior.
Como pode uma imaginação criativa produzir bons frutos, quando o cenário onde funciona já está preenchido com preconceitos, ódio, medos, ressentimentos, vinganças e fanatismo?
Felicidade e alegria têm origem na vida interior!
A paz nesta vida, a perfeição na próxima vida é realizado por nós no Aqui Agora!
É o processo introspectivo de traduzir as impressões sensoriais recebidas do mundo externo aos padrões de nossas memórias psíquicas.
O Eu interior a tudo conquista quando se projeta ao espaço cósmico - obtém acesso às forças espirituais mais sutis;
A força no amor; A única parte real do homem.
O amor é criativo; é o alimento da alma.
Assim como o alimento é para o corpo, o amor é para a alma. Sem amor a alma enfraquece
Quando se está seguro desta força agregadora, jamais surge imagem mental - de que favoreceu o outro. Pelo contrário agradecido se volta para o sentido adverso possuidor de absoluta certeza de que recebemos muito mais do pouco que possamos dar..
.Um homem que ama a si mesmo respeita a si mesmo e um homem que ama e respeita a si próprio respeita os outros também, porque ele sabe, ‘Assim como eu sou, os outros também são. Assim como gosto do amor, respeito, dignidade, os outros também gostam’. Ele se torna cônscio de que não somos diferentes, no que diz respeito ao essencial, nós somos um. Estamos debaixo da mesma lei: Es “dhammo sanantano”.
Deus nos criou à Sua imagem e semelhança! Trazemos dentro de nós uma partícula da Divindade. E por isso somos criadores de novos estados de espírito, novos pensamentos e sentimentos, de novas histórias de vida.
Muitas vezes nos fecharmos e fugirmos do amor e do possível sofrimento que nos impede de tornarmos um canal do amor – O de amar a humanidade, e compreendê-la..
É no silêncio interior, que se consegue ouvir a voz de Deus, capaz de orientar nossa vida. Vivemos numa sociedade em que todo espaço, todo momento parece ser "enchido" por iniciativas, atividades, sons; muitas vezes não existe tempo nem mesmo para ouvir e dialogar.
Dentro
A voz de Deus, mas também daquelas pessoas que estão ao nosso redor. .
Como é o nosso amor?
Um amor pequenino, calculista – “dou para que me dês?
Sempre misturado com grandes doses de egoísmo a espera de aplauso, de reconhecimento e da retribuição. Mas... Este não é o verdadeiro amor
“Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos de nosso semelhante melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles?
Com tal procedimento os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça.
Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua.