Água, um bem raro por natureza

Ao longo curso da História da humanidade, a água sempre foi e é crucial para o desenvolvimento e sobrevivência do homem. Contudo o solvente universal foi perdendo, aos longos anos, o caráter de um elemento misterioso, purificador e essencial e está se tornando cada vez mais utilitarista pela civilização moderna. Atualmente, pelo mundo, muitas pessoas estão com sede e há problemas sérios saúde por causa da falta de água, pois está sendo desprezada e desperdiçada. E com essa ausência em certos lugares do mundo está provocando guerra. Nessa guerra, não há vencedor.

A água foi vital para as primeiras grandes civilizações que se iniciaram nos vales dos grandes rios (vale do Nilo no Egito, vale do Tigre-Eufrates na Mesopotânia, vale do Indo no Paquistão, vale do rio Amarelo na China). Essas civilizações instalaram grandes sistemas de irrigação, consumido cada vez mais a água para deixar o solo produtivo para a produção eficiente de alimentos. Hoje o consumo tem sido explosivo quando entrou na era da Revolução Industrial e do crescimento demográfico desordenado.

Nos últimos séculos do planeta Terra, o homem inventou a usina hidrelétrica para a produção de energia elétrica, que consome infinitos litros de água e agride violentamente o meio ambiente. As técnicas do sistema de irrigação avançaram em um piscar de olhos e, ao mesmo tempo, necessita cada vez mais de água, que, também, machuca o meio ambiente. O exemplo disso é o desaparecimento do Mar de Aral, que era o quarto maior do mundo na década de 1960. Isso foi um dos maiores desastres ambientais provocados pelo homem, segundos os ambientalistas, pois, segundo eles, a extinta União Soviética (URSS) resolveu desviar dois rios que desaguavam no lago para irrigar plantações de algodão. Com isso, como conseqüência, muitas espécies de peixes e animais deixaram de existir.

Na área da Saúde, os estudos da medicina concluíram que um indivíduo para que seja livre de doenças infecciosas, seria necessária uma higiene adequada tais como tomar banho diário, escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia e lavar as mão antes das refeições. Portanto o consumo do solvente universal aumentou nas classes altas e médias do mundo. E ao mesmo tempo, os médicos cientistas descobriram que um conjunto de pessoas que não tem acesso à água potável sofrem problemas sérios de saúde como diarréria e malária. Se uma pessoa perder dez por cento de água do seu organismo, corre risco de morte, porque é fundamental para a manutenção e sobrevivência do homem.

Aos longos anos da História, muitas indústrias e pessoas consumiram e consomem, em ordem crescente, isso tem causado sérios problemas mundiais tais como a sua escassez em certos lugares do mundo e as guerras declaradas pela água. No Oriente Médio, há décadas, israelenses, palestinos, sírios e jordanianos brigam pelo solvente universal. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), nessa briga não há vencedor, pois a água é a matriz de todas as coisas e, se essa guerra tivere um vencedor, ou Israel ou Cisjordânia ou Palestina ou Síria desaparecerá. Atualmente, existem apenas dois e meio por cento de água potável para a população de seis bilhões de pessoas. Se nada for feito para evitar a escassez, estima-se que setenta por cento da população mundial não terão acesso à água potável em 2025. E a dessalinização da água é extremamente cara.

As pessoas da História Contemporânea estão colhendo os frutos das civilizações passadas que são a escassez de água, morte por insuficiência de solvente universal e guerras em nome da água, pois foi muito mal usada. E o que resta para a sociedade atual é evitar sua escassez e restaurar o caráter da água como um elemento misterioso, purificador e essencial para que as próximas gerações possam existir um futuro melhor e menos trágico para o homem.

Pedro Paulo Alves Venturini
Enviado por Pedro Paulo Alves Venturini em 06/12/2008
Reeditado em 06/12/2008
Código do texto: T1321407
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