Quando eu Amo....
Como saber o que verdadeiramente é amar. Não este amor familiar e amigo tão fácil de distinguir, seja qual for o elo histórico que nos une. Identificar o amor quando aquela criatura entra em nossa vida mudando tudo que encontra pela frente, acertando o que sabemos estar desarrumado a tanto tempo, trazendo em sua bagagem complicações e prazeres recheados de alegrias. Neste momento a incerteza está sempre a nos perseguir, questionando se essa sensação é realmente o amor que chega para ficar, ou emoção em longo prazo e que fatalmente acaba. E quando acaba fica a cruel duvida: Teria sido amor?
Guardo dentro de mim uma romântica certeza de que quando ele chegasse, traria junto consigo a tranqüilidade que acabaria para sempre com ansiedade que em mim se fazia presente. Que nada! Ninguém apaziguou o tumulto em mim. Então eu pergunto: Teria sido amor?
Muitos dos fatos repletos de ausências, momentos de incredulidade, que deixaram rancor e tristeza, a ocasional frustração... foram contratempos sem importância se comparados ao brilho que o amor dá a minha vida.
Eu amo quando me deixo curtir o correr dos dias ao lado desta criatura buscando tirar cada oportunidade... Quando retiro o peso das expectativas... Aprendendo que é da leveza que nasce a harmonia... Quando sinto o que faz toda a diferença... Quando não deixo que nada nem ninguém arranquem de mim as sensações que me fazem ser eu. E que preciso sozinha lidar com elas, sem que para isso seja necessário destruí-las... Quando sou consciente de que a obrigação de me salvar pertence absolutamente a mim.
O outro também precisa desta minha ajuda, tanto quanto eu preciso do descanso no ombro amigo.
Quando eu amo... Eu devo ter a liberdade de ser!