Somos no infinito

Uma vez uma conhecida, poetiza me disse que homem não tem sensibilidade e por isso não pode escrever com tanta beleza como uma mulher. Fiquei pasmo, mas não pensei nisso como um preconceito. Hoje eu sei que esta forma de preconceito é uma das piores formas que existem, pois limita a alma a um corpo, numa vida fútil, tola e sem sentido.

O ser humano se prende à forma e vive a sua vida como se ela fosse o centro da vida dos outros. A certeza ou a incerteza do nosso mundo pode jamais ser usada para atingir a vida dos outros, se nós somos limitados em nossa consciência, que nunca utilizemos a nossa pobreza para limitar outras almas dentro dos nossos paradigmas e limitações.

O verdadeiro aprendizado na vida é a libertação de nossa consciência, compreendendo a nossa realidade no poder da morte. Na morte tudo deixa de existir e tudo perde o seu sentido. Uma realização só tem sentido no mundo enquanto ela representa um substantivo que manifesta um sentido ou paradigma na vida de um povo, um país ou nação.

Assim, eu quero dizer que tudo é relativo a um tempo e espaço no mundo. O preconceito é uma forma de fazer com que tudo se adéqüe a um conceito pré-formado, como se o tempo e o espaço fossem suficientes para aprisionar uma alma dentro de um contexto. Só o tempo e o aprendizado podem nos mostrar a verdade daquilo que somos no infinito.