QUANDO EU FOR EMBORA

Quando eu for embora quero deixar a mais gostosa saudade, a mais doce recordação, como aquela de uma manhã fria aquecida pela historia deixada durante a madrugada anterior, abraços e carinhos, beijos e muita vontade de ser feliz, sinceridade, honestidade e um porto seguro, ou quem sabe, daquele lugar que por mais desconfortável que fosse, deixou a mais pura cicatriz de uma lembrança suave de paz no espírito, de um olhar triste guardando vários desejos e sonhos, quebrados pela ganância e egoísmo do próximo, aquela doce indecisão de como seria o futuro, de onde e porque ainda estaríamos aqui, se por hoje apenas o amor e o mais suave toque do sexo nos alimentava dia após dia, também deixando centímetro por centímetro de um caminho cheio de pétalas de flores e um aroma totalmente sedutor a quem pudesse cruzar esse percurso, se no dia em que eu partir houver apenas sorrisos e a tristeza em forma de lembranças boas, de muita divisão e preocupação não só com o próprio bem, mas também com. Tudo. Que rodeasse nossa visão do horizonte, que mesmo que trouxesse um rancor enorme de vários fatos corriqueiros, via muito alem do que o limite da mente podia imaginar, seria bom deixar pessoas queridas com a recordação do amor em linhas puras e coerentes a tudo que se foi vivido, mas como também somos cheios de falhas, erramos, sempre querendo acertar, mas erramos, afinal não somos perfeitos e nem temos essa pretensão, mas se de tudo depois do por do sol, pudesse ser encontrado em um canto de um apartamento vazio em impressos sinceros ou quem sabe em arquivos de sentimentos profundos guardados pela vontade de ainda ter em longe distancia no tempo, e eternizados pelos olhos de quem ler e conseguir entender o que sentia o coração quando ainda vivia por aqui nesse planeta cheio de mistérios, que veio, viveu e passou não deixando riqueza alguma, apenas amor no mais profundo lugar do ser humano, e em forma de manteria deixou o “Livro dos Dias”, para quem quiser entender, tudo aquilo que. tentou expressar aquele que um dia alguns amigos ousaram chamar de poeta.

By Everson Russo

evrediçõesmusicais®

24/08/2003

14:56:30

evr.russo@uol.com.br