Ética cristã e aborto. Um diálogo.

A questão do aborto envolve cada ser humano em um dilema ético, por um lado temos os "legalizadores", ou seja, pessoas que afirmam que diante de determinadas situações deve-se produzir esta prática. Por outro lado, temos o pensamento de que a vida não deve ser violada em hipótese alguma. Diante desta dualidade alternativa, queremos refletir e dar nosso parecer nesta problemática existencial.

Lecionamos ética para alunos do ensino médio da capital paulista, dentre tantos questionamentos, um deles nos chamou muito a atenção, um aluno disse que estava com problemas no grupo porque dois pensavam de um modo e os outros três de outro. Refletimos que a discussão ética é realmente esta; sendo que há dois lados a serem analisados e cada um tem fortes indícios a favor da vida. Primeiramente, os que são a favor da prática do aborto tem visões de um grande humanismo, não há como negar a preocupação que eles têm acerca do bem individual e de uma vida mais digna diante de tantas misérias que infelizmente são cometidas todos os dias e que parecem sempre com agravantes sociais. Já em contrapartida, partidários de uma ética cristã e de um compromentimento com a vida humana vêem esta prática como algo contrário às bases do viver e ser ético.

Percebemos que os males sociais como estupro, miséria e o não planejamento familiar, para citarmos alguns exemplos, ferem a dignidade humana e muitos diante destas percebem a prática abortiva como uma possível solução desta problemática social. Neste ponto respeitamos a opinião e percebemos uma profunda luta e indignação destas pessoas. Vemos que estão ou pelo menos discursam sobre a defesa da vida.

Neste ponto queremos colocar nossa opinião. Somos favoráveis a não prática deste ato. Primeiramente, a vida deve ser vista como um milagre, no sentido imanente, ou seja, o sagrado participa da ralidade cotidiana. A vida tem que ser respeitada desde de sua concepção. Partindo de uma analítica ontológica (a reflexão sobre o ser), cada ente tem direito à vida, mesmo em situações sócio-econômicas de caráter não favorável ao paradigma capitalista. A Igreja defende os direitos humanas com base na reflexão de Cristo: vida em abundância.

Finalisando nossa reflexão, queremos salientar que as pessoas favoráveis ao aborto devem ser respeitadas em suas opiniões, dentre elas vemos grandes médicos, professores e envolvidos em causas sociais. Por outro lado, propomos que as lutas em prol da vida em seus diversos âmbitos devem partir sempre com base no Ser, ou seja, temos diversos modos de nos indignar, mas não podemos deixar de lado o fundamento último, sendo identificado que o ser humano não pode ser exterminado seja em qualquer situação.

celofilosofo
Enviado por celofilosofo em 19/11/2008
Reeditado em 19/11/2008
Código do texto: T1291841