Oh mãe querida

Há um tempo para a vida, tudo no mundo é finito. Por isso devemos soltar o nosso olhar para o infinito e esperar. O silêncio na dor nos ensina que a tudo transcendemos com o tempo e que o tempo é obra do mundo no mundo e rege apenas as coisas do orbe, por isso temos que olhar mais além.

As almas se entrecruzam no espaço e volteiam por ele como pequenos pontos de uma malha infinita que se expande e se contrai, todas unidas, uníssonas num mesmo diapasão. Somos fagulhas que brilham no universo qual vaga lumes, que horas se rejubilam em brilho e outras se apagam em dor.

A nascente da vida em teu ventre materno nos dá oh mãe, a certeza da doçura no caminho que te percorre o Pai, em Sua doçura. Ele nos dá o teu colo para que possamos nos alimentar do teu amor e aprender sobre o sentimento para que com o tempo possamos ser maiores do que fomos um dia.

Mas o sentimento perdura, pois a vida assim como ele é infinita e tudo toca, pois tudo se acende quando soltamos o nosso ser para viver a vida com a parte mais profunda de nossa alma. Sim, abençôo a tua partida e aguardo na certeza de que retornas feliz para o seio Paterno em Seu Amor.