Rosto e alteridade.

Há um pensador de origem Lituânia que se chama Emmanuel Levinas, viveu e faleceu no século passado, portanto um filósofo contemporâneo. Sua principal obra literária tem por nome "totalite et infini", traduzindo do francês: totalidade e infinito.

Nesta é analisado, entre outros conceitos filosóficos, a questão do infinito. Para o pensador o infinito se encontra no finito. Pois bem: primeiramente, o rosto é a revelação do infinito pois não posso "abarcar" este outro, pois cada pessoa com sua face revela uma história, desejos, sonhos, amores... que são muito pessoais e ninguém pode "totalizar" o outro, sendo que a alteridade ('alter' do latim: outro), não pode ser englobado diante de conceitos, ela é infinita. Sendo assim o rosto é infinito e diante do infinito do outro devo ter respeito e este gera uma responsabilidade. Sendo infinito, o Infinito e Absoluto que é Deus faz de cada ser seu pleno potêncial de vida.

Diante do outro, com sua alteridade, o mandamento ético da responsabilidade se faz visível e projetado, pois a partir do momento que olho para o outro, sinto me um ser de relacionamentos com o rosto e este é infinito, o in - finito, sendo assim, que possamos tratar o próximo com amor, carinho e sempre elevando a dignidade humana, estamos lidando com um INFINITO.

celofilosofo
Enviado por celofilosofo em 14/11/2008
Reeditado em 10/06/2010
Código do texto: T1283645