O Monte das Oliveiras

Sua missão havia se completado...

Seus ensinamentos estavam por se transformar em um manual de vida,

A partir da grande "pedra", de onde ergueria sua igreja,

E dos demais seguidores da fé que propagariam a sua doutrina...

Em sua memória "humana", mas extremamente purificada,

Guardava o seu grande amor à Terra, e o desejo de perdão para todos os seus perseguidores...

As lembranças lhe passavam, através dos seus "milagres"...

Sobre os doentes, alvo de suas mais solenes afeições, e sobre os sãos, na emancipação de uma fé exemplificada. Pois o mesmo, viera para os primeiros...

“Vinde a mim as crianças”, a doçura e a ingenuidade fértil para os labores da elevação,

A mesma pedra não arremessada até Madalena, por conta das mãos pecadoras, incapazes de revidar à sabedoria de um homem santo...

A multiplicação dos peixes, como exemplo de fraternidade mútua, reafirmando sua íntegra doação aos seus fieis convidados...

Aos seguidores da sua palavra, nas mais sensatas bem-aventuranças, numa verdadeira lavagem de espírito, através do corpo em expiação e provas...

A cura dos cegos, para que finalmente enxergassem Deus...

E agora sobre o Monte das Oliveiras, suplicando forças ao Pai,

Perdoando Judas, em sua fraqueza temporária, e entregando-se a divina providência...

Em uma longa noite de isolamento e prece, abençoando a terra com o cálice do seu corpo,

e com o sangue da nova e eterna aliança, que seria derramado por todos os homens...