Somos infinitos quando abrimos mão do finito

Lutamos tanto contra a morte, quando muitas vezes ela é a nossa única salvação. Apegamos-nos ao mundo, como se ele fosse o começo e o fim de alguma coisa em nossas existências. A morte é renovação, renúncia, libertação. Todas as formas físicas de vida têm que morrer para dar lugar a outras formas que irão nascer.

A vida no planeta é como um pequeno ponto na linha eternal da vida espiritual. Uma diminuta interseção, onde dois universos se cruzam e dão lugar a uma manifestação físico-espiritual para o desenvolvimento da consciência de Deus através de nós. Somos parte de um imenso labor Divino e nele vivemos eternamente.

Por que nos iludirmos e nos apegarmos a uma realidade tão diminuta, quando temos um universo inteiro à nossa frente. Assemelhamos-nos a uma criança dentro de uma piscina presa na borda com medo de se afogar. O grande aprendizado da vida é nos desprendermos de nossos medos e nos lançarmos para a Vida.

No exercício do desapego temos que aprender com o alento a nascer e morrer em todos os nossos instantes. Quando nos desprendemos de nossas formas físicas passamos a fazer parte de algo muito maior, assim como a cisterna dentro do rio que corre para o mar. Somos infinitos quando abrimos mão do finito.