Teresina, dia a dia
Este diário vai ser mais da cidade do que do autor.Como me proponho a escrever as coisas da cidade, o diário do blog ou site, versará sobre os fatos que acontecem em Teresina.Sim, o diário da cidade na minha visão, como eu vejo Teresina cheia de graça e agora com tanta desgraça, com tanta violência, tão diferente da cidade que encontrei quando cheguei em 25-07-1962, nomeado para o cargo de auxiliar de escriturário do Banco do Brasil S.A.Era noite e caia uma chuva fina.Eu, com uma gripe desgraçada,cheio de poeira porque o ônibus que fazia a linha Teresina-Fortaleza, era da empresa Expresso de Luxo que nem era expressa nem de luxo.Desembarquei na Praça Saraiva e mal o ajudante de motorista entregou a minha mala, um carregador deu de garrra dela e saiu quase correndo para o hotel Brasil cujo dono era bicha. Instalado no hotel,tossindo e espirrando, sai para comprar um xarope. Noite chuvosa.Uma iluminação fraca numa cidade sem movimento.Entrei na farmácia Santa Teresinha e comprei um vidro de Phimatosan e quem me atendeu foi um rapaz chamado José Elias de Area Leão. Voltei ao hotel e não consegui pregar o olho por dois motivos: pela tosse e pelo dono do hotel que ficava me azarando. Ah, minha cidade menina,de lá para cá, nosa relação tem sido mediana:entre a lágrima e o sorriso. E vai ter tempo para a gente conversar neste nosso diário.