Quem perde, às vezes, ganha?

Prólogo: ela se identificará com o texto! A notícia sobre o fechamento da pequena empresa caiu como um raio em nossas cabeças. Certamente ela haverá de compreender que: "Uma grande vitória é sempre precedida de pequenas derrotas e vitórias sobre nós mesmos".

Acho muito bonito e agradável aos ouvidos o idioma francês, mormente quando falado por mulher. No caso concreto, ao ler a matéria sobre a qual escrevi, fiquei motivado e ao mesmo tempo fascinado pela coragem e fervor do qual fui capaz.

Abaixo TRANSCREVO trecho da matéria do jornal francês "LE MONDE":

“A explosão dos preços do petróleo está comprometendo gravemente o equilíbrio econômico de numerosos setores de atividades da indústria e dos serviços. Alguns tiram proveito disso e despontam como os beneficiados do novo choque do petróleo; outros estão às voltas com enormes dificuldades para enfrentar as suas conseqüências. São os perdedores”.

Hoje, querendo confundir meus inúmeros leitores, intento escrever sobre o tema “Quem perde, às vezes, ganha?”. Quando uma pequena empresa fecha suas portas, de forma abrupta, motivada por inúmeros fatores haverá sempre perdedores e ganhadores. Daí o tema de meu texto “Quem perde, às vezes, ganha?”.

Leiam o que foi capaz de urdir a mente inconseqüente e insana:

Haverás de entrar em contato! Ficarei quieto e te esperarei paciente. Essa é minha sina. Sei que me avisarás quando deverei continuar atrevido, ousado, visionário e esperançoso. Farás isso não quando a noite chegar serena, fria, carreganda de paixão, leve, pesada e/ou morta pelo companheiro indiferente aos teus anseios enaltecidos.

Relembrarás minha companhia no mundo virtual, projeto quixotesco, quando estiveres sendo amada e acariciada por mãos e dedos boliçosos que não me pertencem e que certamente não te merecerão jamais.

Pertíssimo da esperança que energisa e conforta, ao lado do desengano que crucia, verás que toda volta ao início é incerta e sofrida, esconsa, como a notícia de uma perda abrupta e malíssima.

Entendo que saberás me achar, melhor ainda, poderás me encontrar vazio e prediposto a ser preenchido pelo teu lavor edificante, feminilidade reprimida, sincera e leal; carinhos doidos sonhados e apenas fantasiados na essência do amor sem limites, culpas, ou razões improváveis de acontecerem espontâneas.

Sensível, sofrerei com tua partida sem poder reduzir, sequer, o peso da cruz que sem querer ou perceber colocaste em meu espírito e vida. Na hora da dor que mortifica, a aluna medrosa e discreta parte para seu universo indivisível para talvez nunca mais voltar.

Apenas o desejo do ansiado e necessário (para mim) reencontro fica com dúvidas, sem sofrimento não exteriorizado nem mesmo aos pouquíssimos e seletos amigos, pois só o espírito febril assoma.

Extremamente compreensivo, pela experiência conquistada ao longo do tempo, sem alardear uma desejada despedida com um sôfrego abraço, no ermo deserto da solidão crescente, entre os sonhos e fantasias perseverantes e irrefreáveis frêmitos de espanto, fica a arguciosa pergunta que não quer calar: Quem perde, às vezes, ganha?