Os ignorantes, abençoados são!

Ela abriu os olhos e aquela claridade toda lhe escureceu as vistas, preferia a penumbra que encobria todas aquelas verdades, preferia poder continuar enxergando o mundo por trás daqueles véus de sonhos, fantasias e cores que ela mesma inventara. Lembrou-se que antes não doía, tudo eram risos e floreios... Ela via rosas onde só existiam ramos secos, ela ouvia música onde agora tudo o que ouvia era um grito surdo de contrariedade dentro de si. - Oh, os ignorantes que abençoados são!