brasil na marcha da reforma ortográfica.

Acordos culturais. Redução de custos. Consolidação de laços culturais. O Brasil caminha em uma marcha a fim de estreitar laços com outros países ditos lusófonos.

Estamos permitindo que Portugal novamente nos “colonize”, desta vez, não se trata do pau-brasil ou de nossas terras, querem enfim, roubar a cultura lingüística que construímos.

Esse brasileiro que falamos, do mulato sabido, do bom e velho João, vivemos em meio ao neologismo, aos dialetos. Temos língua para toda variedade de brasileiros, ênclise para eles, próclise parar nós.

A Ultima Flor-do-Lácio ganhou três integrantes, o acento diferencial não será mais o responsável pela distinção entre verbo e preposição, uma das letrinhas gêmeas perderá seu chapeuzinho que em Portugal fica sem sua outra metade, até o pé-de-moleque ficará mais juntinho.

A reforma ortográfica não será para todos, ainda haverá gente a margem desse processo. Promoverão simplificações, entretanto, como falaremos?Ficaremos a mercê da adequação ao contexto, pena de quem tem apenas hábito de decodificar os textos que lê.

A língua se miscigenou, tantas palavras se formaram, tantos acessórios se agregaram. Hoje, vão feri-la, irão mutilar os encontros e as terminações.

Decretos almejam alterar nossas raízes lingüísticas, padroniza-las. Não se trata de conservadorismo, a globalização influenciou tanto que não consideram os impactos desta nova imposição. Os resultados não serão imediatos, haverá aqueles que se recusarão a adequar-se. A reforma poderá vingar mas,o que realmente for Brasil ,não se deixará usurpar.

glaucia pinheiro
Enviado por glaucia pinheiro em 10/07/2008
Reeditado em 10/07/2008
Código do texto: T1073963
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