Etanol,o novo filho do brasil.
Tornou-se um paradoxo que ganhou manchetes. O etanol, essa droga liberada, tem vantagem de ser fonte renovável e menos poluidora do que os tão especulados derivados petrolíferos, além de considerá-lo significativo na redução à dependência das fontes não-renováveis.
Este vilão, disfarçado pela mídia e pelo desejo capitalista de ascensão, ainda possui entraves. Quando divulgam os acordos assinados, as melhorias a economia e os novos mercados esquecem de citar que a vinhaça, resíduo da cana provoca contaminação.
O Brasil foi a Europa a fim de prezar pela imagem de seu mais novo filho e, por fim as desconfianças de invasão da Amazônia para aumentar a demanda de soja e cana. Para que o etanol prospere em caráter sustentável, ainda são necessárias reformas no que diz respeito à mão- de- obra e políticas ambientais.
Vivemos a euforia do etanol e a promessa de que a parceria entre Brasil e EUA, alivie a pobreza na América Latina. Essa nova fonte tornou-se estrela, a Europa quer importá-lo e o Japão também almeja uma parceria.
Alegam aumento do mercado de trabalho, mas a desigualdade inicia quando sinalizam o direcionamento dos empregos a profissionais de melhor qualificação. Para o bóia-fria apenas restará o corte da cana, onde até a palha proveniente da mesma será queimada para promover facilidades.
A fronteira agrícola e a mecanização da cana se expandem enquanto o presidente parece fechar os olhos aos trabalhadores que menos lucrarão com esse novo advento. O que irá aumentar são as horas de trabalho, os óbitos e a segregação social.
Nosso novo astro divide opiniões e interesses, a cana quer mais espaço em Goiás e ter mais incentivos no Maranhão, veremos a outra parte de nossas terras se concentrarem para ser palco de mortes e de um plantio que não irá suprir a nossa fome. Veremos o reflexo, mas de um erro.