Cotas: Justiça ou Segregação?

Uma dívida histórica. Este é o argumento do governo em defesa das cotas raciais. Em tempos onde entrar em uma universidade pública se tornou mais complicado, o governo parte em busca de alternativas que facilitem o ingresso dos que o considera em "desvantagem".

Sabe-se que o Brasil é um país mestiço, seu povo descende de índios, brancos e negros, portanto, em teoria deveríamos ter mais "aceitação racial". Mas, na verdade, foi implantada uma mentalidade muito diferente da teoria, e o governo direcionou o sistema de cotas aos negros, por acreditar em uma certa "incapacidade" do negro em relação ao branco.

Em minha opinião, o sistema de cotas já é uma "solução" arcaica, visto que foi implantado em 1973 nos Estados Unidos (leia-se uma país com uma realidade diferente da nossa), onde este ano, o próprio candidato negro a casa branca, Barack Obama, já admite aboli-lo.

Em realidade, a segregação racial no Brasil, não tem tanto "destaque" quanto a segregação social, visto que ao considerarmos estes dois problemas, um negro rico seria tratado como um branco, e um branco pobre seria tratado como um negro. Assim, a suposta "incapacidade" do negro, não só se aplicaria ao negro pobre, como também ao branco pobre, e a isso, se deve o descaso do governo com as escolas públicas.

Daí, não a necessidade de cotas raciais, mas sim de cotas de renda, se ainda assim fosse necessário, mas não é. Pobreza ou riqueza não mede competência. Algo mais importante deve prevalecer, e "raça" não é a barreira, basta querer.