Erros: um guia de soluções

Algumas atitudes e decisões são tomadas de forma tão abrupta que podem ser irreversíveis. Outras são feitas sem a requerida observância da situação e sem remorso algum as pessoas fazem isso com a mesma freqüência em que fazem qualquer outra coisa, podendo causar sérios danos a si mesmo e a outros, física ou psicologicamente e de efeito tanto imediato e passageiro quando posterior e duradouro. Podem existir mais de um caminho a escolher que, em sua maioria são vistos por alto, onde a principal característica é o resultado em curto prazo, e como já foi visto por todos, nem sempre o caminho mais curto é o melhor, pelo contrário, pode ser o pior. Logo analisar cada opção deve ser um trabalho minucioso no qual deve ser despendido algum tempo, seja quanto for. O problema é a indiferença, desde que traga os resultados desejados, os meios não importam.

A melhor maneira de mostrar, esclarecer e comprovar qualquer erro é mostrando suas conseqüências e as da escolha de um meio diferente, organizadamente, comparando-as, analisando suas disparidades, pontos paralelos e opostos. Para simplificar: conscientizar. Adultos são ignorantes, poucos estão realmente dispostos a mudar, então, esse trabalho deve começar desde que somos pequenos, quando nossas mentes começam a se abrir para o mundo, evitando assim que cometamos futuramente os mesmos erros.

Assim que se decide reavaliar o erro e escolher um caminho diferente, obviamente, dependendo da magnitude e natureza, pouquíssimas mudanças podem ser observadas de imediato, no entanto, pouco a pouco as coisas vão se agrupando, se assimilando e formando uma realidade completamente nova, tanto de pessoa para pessoa quando de uma visão mais globalizada.

Estes passos são básicos em qualquer situação. Tomemos como exemplo o problema que pode assolar o planeta: o do meio ambiente. No inicio da Revolução Industrial, a sede de poder era tanta que as empresas queriam produzir mais e mais. Isso levou a uma superprodução e rapidamente a população aumentou. Quanto aos recursos naturais, começaram a serem explorados de forma arbitrária: onde era mais fácil conseguir, era onde estavam as industrias a fim de conseguir matéria-prima rapidamente. Alastrando-se pelos séculos XVIII e XIX, as paisagens de campos rapidamente deram lugar a cidades, morros arrasados pela industria mineradora, entre outros.

Agora, já acostumados com esse hábito, é difícil mudar a idéia do povo. Informações não são escassas, tampouco mal divulgadas e como sempre, o problema é a indiferença. Da ignorância dos egocêntricos não se pode esperar nada e são poucos os que estão dispostos a mudar, então a melhor saída é colocar o futuro do planeta nas mãos de quem um dia irá tomar conta dele: as crianças. Conscientizá-las é a chave de tudo, fazendo-as criar hábitos coerentes e necessários para o bem estar da humanidade, hábitos simples como jogar lixo em local apropriado e evitar desperdício. Só isso, quando multiplicado por alguns bilhões de pessoas pode fazer uma imensa diferença.

(Redação escolhida no Colégio e enviada para o concurso "Goiás na Ponta do Lápis")

Luis Paulo M Lima
Enviado por Luis Paulo M Lima em 19/06/2008
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