Tudo cai do céu
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Tudo cai do céu
Era um belo dia de domingo, o céu estava todo azul, sem nuvem, o sol brilhava e já mostrava que aquele dia iria ser de um sol esplêndido. Seria um dia muito especial... Sim, iria acontecer o II Campeonato Internacional de Balonismo.
Todos se encaminhavam para o local, e lá também estava Felipe, um lindo bebê de oito meses e seus pais. Quando chegaram ao parque, que mais parecia um imenso jardim verde, o campeonato já havia iniciado. Um grande número de expectadores encontrava-se ali, existia inclusive um espaço reservado para recreação das crianças, com palhaços, camas elásticas e muitas brincadeiras. Mas Felipe por ser pequenino permaneceu no seu carrinho junto a seus pais.
O campeonato ocorria na mais perfeita ordem, o favorito era Marcio Alexandre, carioca de 29 anos, que mostrava o porquê deste favoritismo. Provavelmente estaria entre os primeiros, mais uma vez.
O céu estava lindo, o dia ajudando, e com tantos balões coloridos, que magnífico... Todas as atenções estavam voltadas aos céus, mais de cem balões de vários estados e países participavam do II Campeonato Internacional de Balonismo.
E Felipe estava ali no seu cantinho, quietinho, quietinho...
De repente, para surpresa de Felipe, os balões começam a se mover com maior rapidez, sim eles estão perdendo altura, ele observa aquilo muito admirado, olha para o céu e vê todos aqueles balões coloridos caírem. Assustado, arregala os olhos, agita-se, grita e chora!
Seus pais chegam junto a ele e dizem:
_ O que houve Felipe? Está tudo bem. E como o menino não parasse o choro, sua mãe o pega nos braços...
Mas ele continua tendo aquela visão assustadora, muitos e muitos balões coloridos, caindo do céu... E o pior, em sua cabeça! “Ah! Tudo cai do céu... e volta a chorar!” Sua mãe tenta acalmá-lo: “ - O que é isso Felipe? Pegue este balãozinho, brinque, olhe só que lindo esse balão vermelho!”.
Na ocasião do campeonato soltaram uma quantidade enorme de balões para as crianças e aquilo acabou por assustar Felipe que nunca houvera visto aquilo antes, era mesmo uma quantidade muito grande... Ao final, o favorito: Marcio Alexandre foi mesmo o campeão e levou o seu prêmio para o Rio de Janeiro. Era o troféu e a medalha de ouro. Para o garoto Felipe, tudo caiu do céu... Já para todos ali, foi um trabalho árduo, para que tudo acontecesse na mais perfeita ordem.
Para o carioca, o campeão, as coisas não caíram do céu, este dedicou-se muito para conquistar aquele título.
MORAL DA HISTÓRIA – Nem tudo é aquilo que parece ser. As coisas, a vida podem ser vistas de vários ângulos e ter muitas interpretações, principalmente se não nos dignamos a entender a situação. Porém cada um tem uma óptica, nem sempre a única ou a verdade única. A verdade pode ter muitas faces.