AS ASAS DA GRANDE AVE

 

Vai a grande ave decolar.

Asas depenadas sucumbe, com esforço, a deixar seu rastro de sangue.

Até ali a arrogância não venceu a honestidade nem a desdita venceu o amor.

O amor é só uma vez? Os reincidentes não podem desfrutar da estima? O amor das viúvas jaze nas lápides.

A grande ave parte sem destino a riscar o céu de púrpura.

Crowley não é nada mais da lei. A lei é insignificante, como a honra, não mais basta.

O hoje se ressente do ontem, que se ressentira do amanhã .

E a grande ave se perderá pelos vastos céus ao tentar amparar suas crias.

 

Joel de Sá
Enviado por Joel de Sá em 12/04/2025
Reeditado em 12/04/2025
Código do texto: T8307902
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.