SUSPIRO DE AMOR
Entre as rendas do penhoar o vislumbre
Da seda que aderiram
Em molde o corpo de Ângela que dormia tranquilamente sobre frescor do cetim, um belo leito ornamentado de brocados bordados em barras até o chão
Quarto tinha o frescor da lavanda francêsa, era suave o perfume ,embora sutilmente embriagador pairava no ar, em luz tênue que entrava pela janela no fim da tarde, Ângela jazia em pleno descanso, para se revigorar da noitada com seu amante, sim não eram casados, eram amantes , de fato nenhum dos dois era casado e preferiram a vida de amantes escusas, sim sem muitas explicações, famintos se fartavam de seu próprio ser , e a sede era de um espumante de época já distante da adega do luxuoso Hotel, onde nascia e morria em noites e alvorecer .
Ângela a pecadora de seu próprio amor assim se submetia a viver, sem compromisso aos 28 anos, e disso nem queria ouvir dizer, seu amado Eduardo estava confortável com a situação tendo Ângela só para si, bancava tudo quanto fosse situação e a mantinha ali, personificado a Deusa do amor, presentes e joias lindos vestidos de noite e perfumes e hidratantes , cabelos, unhas, maquiagem, etc, e Ângela era naturalmente linda, tudo que ele lhe mantinha era só adorno que na ora do amor nem falta fazia...
. No entanto nada é tão perfeito, Ângela se preparou as 20 horas para saírem para jantar, havia recebido flores e um convite sinuoso e irresistível, jantar e dançar com seu amado, já pronta desceu para o bar , depositou Suavemente sua carteira de mão sobre o balcão mas não sentou-se , pediu uma vodka com cointreau, e virou saindo para um sofá adiante de acento único que combinava com seu vestido longo e discreto em tom mostarda ressaltava uma joia Miúda como brincos de pedras safiras amarelas em sabia escolha também uma pulseira com um pequeno pingente na mesma cor , um trio de meia aliança colorida para o dedo do comprometimento era só o que precisava quando cruzou as pernas seu escarpin
Veio a tona , ali estava o brilho de Ângela, em um modelo fechado na ponta e tipo sandália na parte de trás, em tom avelã como a carteira em pelica sem brilho apenas a fivela e alça da carteira em fino strass , seu drink chegará a mesa de centro defronte ao sofá , assim ao sorver o primeiro gole levantou também o olhar como para saborear a bebida, e foi então que viu um sr na faixa dos 50 anos se aproximando como que hipnotizado olhando adrentro dos olhos de Ângela, deixando a alma nua, como nunca sentirá, e ela pensou charme e elegância, bom gosto , pode até se comprar , mas carisma vem de dentro, e ele apresentou-se dizendo-lhe se chamar Pablo, pegou sua mão em singelo gesto de cortesia e apenas levou aos lábios com um suave beijo rápido que pareceu uma eternidade para Ângela.
Eduardo chegou á visualizar o cenário , adentrando e no exato momento dissolvendo qualquer outro pensamento de Ângela a cumprimentar já apresentando-se ao indivíduo dizendo prazer em conhecer me chamo Eduardo qual a sua graça?
_ Me chamo Pablo , perdão achei que esta dama estava só.
Ângela levantou-se Suavemente e disse
_ Ângela, prazer em conhecê-lo
Eduardo manifestou-se
_ Não se acanhe sr Pablo, ela é minha pérola e também a mais bela, eu entendo, com sua permissão , temos um compromisso inadiável, o prazer é todo meu.
E assim partiram para o jantar e dançar de sobremesa.
O casal deslizava na pista em sincronia perfeita ao som dos anos 70 e 80, a musicalidade da dança coladinhos, e assim as horas passará.
Chegando ao seu quarto de hotel Ângela foi amada noite a dentro, quando acordou pela manhã uma rosa jazia no travesseiro a seu lado e um bilhete escrito , volto em duas semanas.
. Já eram 10 hrs quando ela realmente acordou e se sentiu sufocada no quarto e pensou em fazer compras, e derrepentente se viu no espelho com um moletom e tênis pegou um boné e saiu para caminhar, coisa que a tempos não fazia, desde a faculdade, pela alameda folhas esvoaçante do outono relembra de outros caminhos pelo campo em casa de sua avó na infância, e as memórias tornaram-se
Saudosa, e profundamente suspirava como se ajudasse a preencher um vazio, e derrepente lembrou do olhar quente de Pablo e avermelhou-se e sorrindo.
.continuou suas reflexões no quarto como quê o olhando pela primeira vez vendo tudo lindo e diferente, e lembrou das noites com Eduardo, e como seus dias eram vazios e monótono já a uns 6 meses, e ligou para Eduardo coisa que nunca fazia , e disse
_ vou para casa
_ porquê? Sente-se mau?
_ Não , estou bem, só saudade.
_ Então vá, nós veremos e falaremos quando eu voutar.
_ sim,sim, faça boa viagem.
.E assim arrumou as malas e partiu rumo a saudade.
.Na viagem Ângela teve um desapego ao lembrar que era uma Engenheira florestal com pós graduação e nada fazia de bom pela natureza esteve entorpecida nos últimos meses, pensou em rever também as amigas , como prioridades da sua volta.
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