"O ANJO CAÍDO"
Certa manhã, onde o céu estava nublado e uma espessa camada de neblina cobria toda a rua onde morava Brigite, uma moça muito religiosa e encantadora, ela estava saindo de casa quando ouviu algo planando a alguns metros de altura. A princípio, pensou que era um homem, mas ele tinha asas e vestia uma túnica branca. Ela ficou atônita e percebeu que aquele ser planou em sua direção até ficar em pé diante dela.
Assustada, Brigite perguntou: "Você é um anjo?" Ele respondeu que sim, e disse que estava perdido, que a neblina o havia desorientado e agora não sabia onde estava. Brigite o convidou para entrar, e começaram a falar sobre vários assuntos. O anjo tinha resposta para tudo, o que deixou Brigite muito feliz.
No entanto, Brigite percebeu que o anjo a olhava com um olhar apaixonado. Não era para menos; Brigite já tinha vencido quatro vezes o concurso de beleza feminino de sua cidade. Embora achasse que era só impressão sua, ela não podia negar para si mesma aquela beleza angelical bem ali na sua frente.
Os dois, em certo momento da conversa, já não estavam mais em si mesmos. A razão de Brigite e a divindade do anjo já tinham se dissipado. Ficaram parados por alguns segundos e, de repente, foram atraídos por uma paixão desconcertante que nada terreno ou divino poderia conter. Então, correram um para o outro e se abraçaram. Brigite, envolvida nas asas do arcanjo, entregou-se completamente, e sua castidade foi invadida pela santidade daquele querubim. Aquela beleza estonteante já tinha penetrado todo o seu ser mortal.
Quando suas libidos chegaram ao auge, ambos gritaram, e as asas do mensageiro divino se abriram e tremeram por um momento, até que foram se fechando, caindo completamente sobre o corpo nu de Brigite. O momento foi tão intenso que o mortal e o eterno adormeceram um sobre o outro.
De repente, foram acordados pelo som da campainha. Seus semblantes destilavam culpa e medo. O anjo correu desesperado em direção à porta, esquecendo-se de vestir a túnica que estava jogada em um canto do sofá. Brigite gritou: "Qual é o seu nome?" Ele, olhando para trás, disse: "Eu não tenho mais nome." Brigite saiu correndo atrás de seu querubim, enquanto sua mãe, que estava à porta, gritava sem entender nada.
Brigite saiu e viu quando seu anjo fujão tropeçou e caiu ao chão, ficando imóvel. Chegando lá, ofegante, ela ficou paralisada, sem saber o que fazer com aquele anjo caído.