TIAMAT & LOTAN
TIAMAT & LOTAN
ELA ERA uma mulher poderosa na Babilônia. Apesar da beleza física e do poder animal, ela não disfarçava o fato de não querer ter sido jogada nas águas oceânicas próximas à Suméria. Para sobreviver no oceano, teve de mutar em serpente marinha e depois dragão. As mutações eram rápidas, o suficiente apenas para sair fora de situações difíceis de sobrevivência no meio ambiente dos desafios marítimos.
UMA CRIATURA com tais poderes inverossímeis à condição humana, tinha por companhia à sua sexualidade, nada menos que Lotan ou Leviatan. Seus filhos protegiam os peixes e outras criaturas menores do oceano, de outras criaturas, também absurdamente monstruosas. Sem tal proteção a grande quantidade de habitantes menores dos mares não teriam sobrevivido às perseguições de seus poderosos predadores.
A GUERRA pelo predomínio nos oceanos entre os deuses de várias procedências estelares (Órion, Plêiades, Ursa Maior, Andrômeda, Pégaso, Fênix) estava apenas começando. As batalhas entre eles e suas mutações monstruosas permaneceram por milênios no Tempo incomensurável. Passaram-se Eras, até que, finalmente, os ódios aplacados, as gerações ciclópicas de seres marítimos teratológicos, foram cedendo lugar ao apaziguamento das águas marítimas. Poucos remanescentes sobreviveram aos dias relativamente pacificados de hoje.
AS CRIATURAS monstruosas mudaram de forma. Substituíram-se as gerações antigas por mais modernas formas de coexistência. As mutações deram origem aos seres hoje viventes nos oceanos e na Terra. No passar dos tempos idos, os extraterrestres das mais variadas procedências galáticas, usaram drogas teratogênicas para fornecer aos embriões das novas gerações, uma forma física mais adequada à uma convivência mais civilizada.
AS FORMAS das criaturas monstruosas finalmente mudaram para melhor. A estética da existência física permitiu às novas gerações nascerem e crescerem numa formatação física harmoniosa, que possibilitou a convivência entre os mais variados habitantes de países, próximos e distantes, pacificando, dessa forma, as normas de convivência entre as espécies extraterrestres, numa conformação adequada ao convívio planetário.
OS HOMINÍDEOS cederam lugar às mutações que, de muito teratológicas, ficaram mais de acordo com a conveniência dos arautos das políticas que hoje se apresentam na ONU e demais instituições, como tendentes a minorar as hostilidades entre grupos terroristas e países belicosos que lhes fazem frente. A guerra-fria da convivência planetária entre extraterrestres, conta agora, após o advento dos Homo sapiens, com encontros formalmente civilizados na aparência.
EM ESSÊNCIA, somos todos animais de laboratório. Primatas por experiências de interações genéticas de adaptação às conjunturas ambientais mutantes. Em verdade, permanecemos com etiologia desconhecida após as investigações genéticas mais aprofundadas. O universo conhecido e os multiversos desconhecidos planejam a continuidade das existências, dita humanas, criadas pelos deuses que, nas Eras mais inacessíveis à história atual humana, formataram os agrupamentos de demônios, seres dito humanos adaptados à conveniência das relações controladas entre eles.
TIAMAT, APÓS passar por milhares de formatações, desde as mais inverossímeis, sob a superfície dos mares, doou origem às espécies marítimas que migraram para a terra em busca de novos meios de acasalamento e reprodução. Os deuses das mais diferentes procedências galácticas, estavam em busca do apaziguamento dos ânimos de suas criações. Lotan/Leviatan procriou com Tiamat. Buscavam seus descendentes colonizar o planeta. Ele desejava ser entronizado “Rei dos Deuses” e Tiamat sua rainha.
O PODEROSO chefão da colonização da Terra queria promover o fim de seus antigos representantes, criados para movimentar as habitações marítimas e terrestres, deste orbe sob um sol de 5ª Grandeza. Então, escreveram-se nas mais antigas escrituras, ditas sagradas, as palavras e o Verbo nelas afirmou-se:
“E O SENHOR prevaleceu sobre o corpo machucado de Tiamat/Com seu cruel cajado esmagou sua cabeça/Cortou as veias por onde corria seu sangue/Fez o vento do norte correr por localidades secretas”.
TIAMAT E LOTAN haviam cumprido seu destino. Restava-lhes ser descartados, subtraídos do plano divino. As teratologias não mais seriam vistas em suas exterioridades. Elas ficaram sob o véu da epiderme fina e resistente. Os queratinócitos, formados por células das camadas mais profundas, ganharam a formatação da epiderme basal.
OS SERES, dito humanos ganharam a formatação em que hoje se apresentam. Mas a crueldade de Tiamat continua a perseverar em cada uma essência das garotas que vestem seus biquinis para atrair seus companheiros. Os Lotans e as Tiamat continuam sendo, em essência, o que não mais aparentam na expressão dissimulada de suas exterioridades.